quarta-feira, 29 de julho de 2009

Explorando um pouco mais o EPU 2001

Tinto, Cabernet Sauvignon, Carmenère

País: Chile

Viña Almaviva

Preço: USD 25

Ando meio afortunado... meu pai em seu aniversário abriu outra garrafa de EPU... oh! Vida difícil... e juntando a minha vontade de falar um pouco mais desse vinho, o que aconteceu? Deu mais um post!!!

E mais!!! É o centésimo post do Vivendo Vinhos! Agradeço a todos pelo apoio e críticas, conheci muitas pessoas e fiz novos amigos, muito legal! Mas agradeço especialmente a minha mulher pela paciência e apoio, principalmente por sempre sorrir pra mim mesmo quando os dias são difíceis... Val, te amo!!!

Bom vamos falar um pouco da história do EPU, no iníco da década as vinhas da Almaviva foram fortemente influenciadas por uma plantação de eucaliptos de uma fazenda ao lado, dando as uvas um caráter mais herbáceo e um forte sabor mentolado e, seguindo a tradição francesa (Bordeaux - Medóc), foi produzido um segundo vinho, o nosso EPU.

Conforme a tradição também a Almaviva não trata o EPU como um vinho inferior, mas sim diferente, com outro estilo, ou seja com uvas que não faríam o "estilo" Almaviva. Mas como os controles de produção e as técnicas de colheita e produção são as mesmas com certeza obtém-se um grande vinho.

Primeira colheita em 2000 e então nosso exemplar 2001, confira o que Patricio Tapia tem a dizer. Depois das duas primeiras safras o EPU foi novamente produzido em 2006 (tem uma garrafa na minha adega descansando, essa saiu por USD 33) e o 2007, em março quando visitei a vinícola ainda não estava sendo comercializado e pelo que a atendente disse, o melhor de todos!

Mas voltemos ao nosso EPU 2001, confira o que O Tanino fala a respeito deste caldo, era um sábado frio em Curitiba, minha mãe preparando aquele Filet Mignon que vai ao forno "de ajoelhar", com um toque de creme de leite, purê de batatas para acompanhar e o meu velhinho completando 69 anos, que beleza!

O vinho foi devidamente decantado, 30 minutos antes da refeição, silenciosamente "roubei" uma taça e a degustei cuidadosamente, sem a menor pressa, no silêncio da sala.

Um vinho de cor rubí intensa e brilhante, lágrimas espessas e abundantes e com halo aquoso mínimo. Primeira conclusão este senhor de 8 anos de idade deve poder permanecer mais alguns anos na garrafa... tudo iría depender da acidez e dos taninos.

O nariz trouxe as frutas negras compotadas, bem doces, acompanhadas de menta, balsâmico, couro, chocolate e elegantes nuances minerais. Os aromas secundários e terciários já dominavam o olfativo...

Na boca o "ataque" foi macio, o EPU enche a boca com seu grande corpo, boa acidez e carga tânica fina e elevada! E quando ele deixa a boca, a deixa com elegância! Sensação aveludada, retrogosto mentolado e enorme persistência. Assim fica difícil de esquecê-lo... É o segundo vinho que pontuo com 05 taças.

Acredito sinceramente que o EPU 2001 pode evoluir nos próximos três anos, sorte minha que meu pai tem mais uma garrafa...

Forte Abraço!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Degustação de Vinhos Australianos - KMM

Mais uma vez convidado pelos queridos amigos da Excelência Vinhos pude participar de uma magnífica degustação na cidade de Campinas.

A importadora KMM trouxe 06 rótulos australianos que foram degustados no Royal Palm Plaza numa degustação organizada pela ABS Campinas. Tudo da maneira correta fazendo a noite brilhante.

A KMM tem seu portfólio de produtos concentrados em vinhos australianos. Além de boas opções do Chile e Patagônia.

A noite começou com o charmosos Yalumba Seriers Viognier 2006, um branco aromático, untuososo e equilibrado! A cor era amarelo palha, leve reflexo dourado. Aromas de frutas brancas, florais e nuances herbáceos, o damasco se destacou no painel. Na boca o corpo médio e a untuosidade pedem por uma bela posta de salmão!

Seguimos para o espetacular Petaluma Hanling Hill Riesling 2006, fresco e elegante! Um vinhaço que vale cada centavo. Um riesling característico com cor amarelo-palha, refelxo verdeal, aromas intensos e minerais mesclados a frutas tropicais de alta. Corpo médio, retro-gosto de maçã verde e clamando por camarões devido a alta acidez.

Depois desse tínhamos que passar para os tintos e foi em grande estilo! Um Stonier Pinot Noir 2004 na taça, o vinho estava amadurecido! Baixa intensidade de cor, como era de se esperar, porém o vinho já estava âmbar. Os aromas mantinham a intensidade e os terciários dominavam, caramelo, terrosos, defumados, couro e frutas secas. Na boca fino! Elegância líquida esperando um bom prato de pato ou algo com cogumelos.

Seguimos para o Yalumba Barossa Shiraz/Vigonier 2004. É... o corte do Cote de Rotie... este vinho pode ser classificado como diferente! Um tinto de cor rubí violácea mas sem toda aquela intensidade de cor. Aromas intensos e lembranças de frutas negras e florais. Corpo médio e taninos finos pedindo por um bom corte de filet mignon.

A uva "estranha" da noite trouxe uma grata surpresa. O 3 Bridges Duriff 2005 lembrou um belo Primitivo di Manduria. Com muita intensidade de cor, aromas de frutas maduras e passas além de um belo toque de caramelo. Na boca potência sem perder a elegância, belo corpo acompanhando grande e fina carga tãnica, acidez elevada e álcool na medida para amaciar a boca. Um vinho de longa persistência que se resolve por si só! Mas podemos acompanhá-lo com pratos de alto volume de sabor. Em três anos este Duriff será um verdadeiro veludo na boca.

Finalizamos com um The Cover Drive Cabernet Sauvignon, Shiraz e Malbec, 2005. Na taça é quase preto, aromas intensos de especiarias, ervas, menta e algo que pareceu eucalipto. Um boca cheia com muita acidez, taninos redondos e grande corpo. Outro vinhaço! Guarde por uns 05 anos e terá algo indiscutível nas mãos.

Enfim uma noite memorável.

Conheça estes e tantos outros rótulos na Excelência Vinhos, 19 3294-9594, fale com a Ana.

Forte Abraço!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Herdade das Fontes 2004

Tinto, Trincadeira, Aragonês, Castelão

Portugal - Alentejo

Herdade das Fontes

Preço: R$ 29

Mais um português do Alentejo que passa pelo Vivendo Vinhos. Comprei duas meia-garrafas deste aqui lá na Excelência por indicação da Ana. Havía pedido vinhos simples para o dia a dia, e ela me mostro a meia por R$ 15... Achei que valía experimentar.

Realmente mostrou-se uma boa opção para as refeições diárias. No exame visual constatamos uma cor rubí-translúcida, brilhante e muitas lágrimas.

Os aromas remetiam a frutas negras e toques herbáceos, um painel simples mas persistente e de boa intensidade.

Na boca boa presença e características gastronômicas. Corpo médio, boa acidez, carga tânica moderada e madura, álcool equilibrado e final de média persistência.

Sugiro com aves e massas simples como um fetuccine a alho e óleo.

Também acho um vinho legal para servir a amigos que não estejam muito familiarizados ou que não gostem tanto de vinhos como nós.

Forte abraço!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Primeiro Encontro do Enoblogs!!!

18 de julho de 2009, um dia muito especial para nós blogueiros e amantes do vinho! Um dia que pode estar inicando um história longa, pelo menos é nisso que acreditamos. Com o apoio da Cave de Amadeu o Enoblogs pode realizar sua primeira degustação, seu primeiro encontro, encontro de blogueiros.

Parecía que eu conhecía esses caras a anos e mais anos, foi fantástico! Ao Alexandre, meu grande amigo, parabéns por mais esse sucesso, vida longa ao Enoblogs!

A Cave de Amadeu e a Rodrigo Geisse obrigado pelo apoio irrestrito que deram ao evento, foi realmente magnífico poder contar com vocês.

O evento ocorreu no Armazém Gourmet em Campinas, ao Cesar fica meu agradecimento também, pois propiciou o ambiente perfeito para o evento, unindo a degustação à amizade. Ajudando a acabar com aquele clima exageradamente técnico. Para quem for de Campinas e região o Armazém Gourmet fica na R. Olavo Bilac, no bairro do Cambuí.

Bom, vamos aos vinhos... foram 08 ao todo, sete espumantes e um tinto. A degustação desenrolou-se com 06 espumantes iniciais, pausa para o almoço acompanhado de um vinho tinto e mais um Moscatel com a sobremesa.

Os dois espumantes rosés foram servidos primeiramente. Começamos com o Amadeu Rosé, corte de Cabernet Sauvignon, Merlot e Pinot Noir. Bela cor, perlage médio, aromas de frutas e florais e certa rusticidade devido a acidez cortante, um espumante parrudo e delicioso como classificou meu amigo João Filipe Clemente. E o Álvaro, brilhantemente, ainda fez uma boa sugestão! Este Amadeu pode harmonizar com uma boa feijoada.

Seguimos para o Cave Geisse Rosé, 100% Pinot Noir, safra 2005 e três anos de garrafa antes de ser comericalizado. Uma nota importante, todos os espumantes da Amadeu são feitos pelo método Champenoise e todos com denominação Cave ficam ao menos três anos na garrafa. Mais delicado e elegante, este aqui apresentou uma linda cor salmão. O nariz trazía mais intensidade e frutas mais doces, os florais complementavam. Na boca acidez espetacular! Um vinho maravilhoso que chega a ser cremoso, sugiro com Salmão a Belle Muniére ou com molho de alcaparras e champignons na manteiga.

Passamos então ao Amadeu Brut, corte de Chardonnay e Pinot Noir como os seguintes. Amarelo esverdeado, da safra 2008, mais encorpado como o primeiro e de excelente acidez. Aromas de frutas e florais. Bem fresco e com certeza será delicioso com aperitivos de frutos do mar como um camarão ao alho e óleo.

Seguimos para a sensação da degustação: Cave Geisse Nature, safra 2005. Fantástico! De cor amarela e perlage longo e intenso. Os aromas pela primiera vez trouxeram aquelas notas fermentadas, ótima intensidade e complexidade. Corpo médio, acidez excepcional, cremoso na boca e eleagnte. Um espumante fino para pratos delicados, mas que se resolve sozinho. Um vinho para dias de comemoração!

Seguimos ao Cave Geisse Brut, também 2005, que infelizmente ficou apagado perante ao brilho do Nature. É um ótimo espumante para quem gosta desse estilo. Também amarelo e com notas fermentadas ao nariz. Um pouco mais de corpo e excelente acidez. Acho que arriscaría ele com polvo...

Continuamos e chegamos ao Nature Terroir 2003, outra maravilha! Como os produtores brasileiros são bons quando se trata de espumantes. Já um amarelo com algo de dourado, aromas intensos e complexos e frescor e cremosidade na boca, ótimo corpo, uma paella para acompanhá-lo talvez...

Pausa para o almoço, criação da Vanessa na mesa (autora dos maravilhosos Menus de Baco). Medalhão de Filet ao molho de Pimenta Rosa acompanhado de Risoto de Shitake e harmonizado com o El Sueño Carmenère 2006, fantástico projeto da família Geisse que pretende produzir nos melhores terroir de cada país vinícola varietais de suas uvas emblemáticas. Conheça um pouco mais clicando aqui!

Este carmenére produzido no Valle de Colchágua, tem 08 meses de carvalho francês, chamou a atenção por uma acidez superior ao comum da cepa o que torna o vinho mais gastronômico e o fez funcionar bem com o risoto. Bom corpo e bons taninos, mas podem amadurecer um pouco ainda, final interessante e de boa persistência. Acho que um ano de garrafa pode fazer bem... mas como harmonização não é só com o prato e sim com os amigos, ele foi perfeito!

Por fim uma deliciosa torta de Damasco com chocolate que harmonizou com o leve e elagente Amadeu Moscato. Vinho de cor pálida, aromático e levemente adocicado, bem diferente daquele melado que estamos acostumados quando falamos de Moscatel. Uma excepcional escolha para sobremesas com características cítricas.

Enfim, foi isso! Aos blogueiros que não puderam vir, não percam a próxima! Ao Paulo, Daniel, João Filipe, Álvaro e Beto foi um prazer conhecê-los e revê-los-ei!

Forte Abraço!

domingo, 19 de julho de 2009

Degustação: Top's da Patagônia

Quem me conhece sabe que sou fã dos vinhos da Patagônia, foram os Pinot´s de lá que me encantaram e me fizeram querer conhecer cada vez mais.

Quando a ABS-Campinas promoveu uma viagem a Patagônia em fevereiro lamentei muito não poder acompanhar, mas fazer o que? Asssalariado não tira férias sempre que deseja.

Bom, mas no início de junho a mesma ABS promoveu uma degustação dos vinhos TOP das vinícolas visitadas, essa eu não podería perder de forma nenhuma. Como sempre foram seis vinhos, vamos a eles!

A noite começou com o Colección NQN, da Bodega NQN, um corte de Malbec (50%), Merlot (30%) e Cabernet Sauvignon (20%). Um vinho de intensa cor rubí violácea, aromas de frutas vermelhas maduras, especiarias, herbáceos com evolução para tostado, baunilha e caramelo, sem dúvida a complexidade aromática chamou a atenção. Na boca o vinho "ataca" com boa acidez e bom corpo. De elevada carga tânica, estes taninos apesar de bons podem amadurecer um pouco mais. Leve amargor e sobra de álcool. Final frutado e de boa persistência. Decante antes de beber e guarde por mais uns três anos.

Seguimos com a Família Schroeder, que apresentou seu vinho de mesmo nome, um interessante corte de Pinot Noir (54%) e Malbec (46%). Também intenso na cor rubí violácea e nos aromas como o primeiro. Porém apresentou ao nariz as frutas vermelhas mais frescas, florais e especiarias, ao final da degustação surgiram notas de couro e terra molhada. Na boca o vinho tem corpo médio, boa acidez, sutíl amargor e taninos gentis. Uma leve aresta de álcool. Um conjunto harmônico e elegante.

O terceiro vinho foi o Special Blend 2006 da Bodega del Fin del Mundo. Na minha adega descansam o 2004 e o 2005. Corte de Cabernet Sauvignon (40%), Malbec (40%) e Merlot (20%). Este caçula apresentou sua juventude com aquela cor rubí violácea intensa e halo aquoso inexistente. Os aromas eram intensos e remetiam a frutas negras maduras, especiarias e herbáceos, a evolução na taça por fim trouxe frutas secas. Na boca um vinho elegante que ganhará muito com a guarda, pelo menos uns cinco anos. Um vinho encorpado mas equilibrado, sem arestas, que encheu a boca com seu delicioso retorgosto de ameixa, sem amargor, excelente acidez, e com uma imensa carga tânica mas finíssima deixando um final longo e aveludado.

Passemos a um conhecido do blog, o Humberto Canale Gran Reserva Cabernet Franc 2005, já passou por aqui o 2004. Este vinho já possuí cor rubí translúcida com halo aquoso aparente. Os aromas tinham muita intensidade e destacavam-se as frutas vermelhas frescas, ervas, pimenta e herbáceos, com o tempo notas de couro deram o ar da graça. Na boca um vinho fresco e gastronômico, com ótima acidez, corpo médio, carga tãnica fina porém menor que os demais e retorgosto herbáceo. Final de boa persistência.

O quinto vinho era o badalado A Lisa da Bodega Noemía. Corte de Malbec (85%) e Merlot (15%). Novamente muita intenisdade na cor rubí com reflexos violáceos. Aromas intensos de frutas negras acompanhados de especiarias, menta e algo terroso. Na boca encorpado, boa acidez e taninos finos. Sem amargor e com leve aresta de álcool. Outro que ganhará com a guarda.

Por fim o espetacular Chacra 55 da Bodega Chacra. Rubí translúcido com leve reflexo violáceo. O nariz trouxe logo os aromas secundários e terciários, deixando as frutas em segundo plano, destaque para as notas de café, couro e terrosos, como disse as frutas vermelhas e herbáceos complementavam. Na boca um vinho que lembraría a escola européia. Elegância predominante através do equilíbrio entre o corpo médio, ótima acidez, taninos finos, ausência de amargor, retrogosto frutado e longa persistência.

Mais umas duas noites dessa e não sei onde vou parar... (risos)

Forte Abraço!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Laurona Monsant 2004

Tinto, 55% Garnacha, 20% Merlot, 15% Syrah, 10% Cabernet Sauvignon

País: Espanha - Monsant

Europin Falset SA

Preço: R$ 139

Confesso que apesar de ser um bom vinho eu esperava mais deste Laurona. Este vinho já chegou a estar na lista dos "100 Melhores so Mundo" da Wine Spectator, mas para mim faltou algo...

A região de Monsant fica na Catalunha e se destaca por ter vinhos mais "internacionais", vinhos densos e intensos. As cepas francesas são cultivadas e "cortadas" com as regionais Garnacha e Cariñena. Tem um pouco de tempranillo também, que possuí outra característica é que existem muitas vinhas de idade considerável nesta região. Além disso Monsant é vizinha da famosa região do Priorato e antigamente chamava-se Tarragona-Falset.

Nosso exemplar tem cor rubí translúcida, sem reflexos. Halo aquoso ainda pequeno e abundantes e espessas lágrimas correram pela taça.

Os aromas eram de média intensidade com destaque para as frutas negras maduras. Encontramos também nuances herbáceos e florais. A evolução com o tempo na taça trouxe couro.

Até aqui estava tudo bem, mas a baixa acidez deste vinho me entristeceu ainda assim não me pareceu um vinho ruim. De corpo opulento, pesado, este vinho "enche" a boca. O retrogosto é frutado, carga tânica madura e um pouco de amargor e álcool sobressaindo.

Clama por pratos com grande volume de sabor e mais untuosos, como uma boa costela ou um macarrão com molho de calabresa.

Não guardaría este vinho por muito tempo, a acidez não permite.

Forte Abraço!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Fonte do Nico Fashion 2007

Branco, 90% Moscatel de Setúbal, 10% Arinto

País: Portugal - Terras do Sado

Adega de Pegões

Preço: R$ 33

Gosto muito deste vinho, acho que é uma das melhores relações custo-benefício em vinhos brancos leves. Originário de Portugal, das Terras do Sado, é uma composição entre Moscatel de Setúbal e Arinto. A primeira uva normalmente encontramos em vinhos doces, de sobremesa.

Eu ainda tive a sorte de pagar R$ 22 pela garrafa que estava em promoção! Mas admito que tenho inveja dos patrícios que pagam EUR 1,99...

Enfim é um vinho de cor amarelo-palha com leve reflexo esverdeado, poucas e espessas lágrimas correm pelas paredes da taça.

O nariz traz aromas frescos, com destaque para as frutas cítricas, encontramos ainda algo de maçã verde e nuances herbéceos e de flores. Boa intensidade!

Na boca é um vinho refrescante! Com ótima acidez e retrogosto herbáceo. De corpo leve e um final surpreendentemente longo.

Experimente com salada de rúcula com camarões e laranja! Com certeza farão um bom par. Pode acompanhar entradas, aperitivos e peixes brancos grelhados.

Acho uma boa opção para os finais de tarde quentes que virão.

Forte Abraço!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Viña Ardanza Reserva 2000

Tinto, 80% Tempranillo, 20% Garnacha

País: Espanha - Rioja

La Rioja Alta SA

Preço: R$ 198,00

Um autêntico Rioja! Um vinho que expressa a tradição da Rioja, especialmente da Rioja Alta. A região de Rioja fica a norte da Espanha sendo a principal região vitivinícola deste país. É dividida em três partes: Rioja Alta, Rioja Alavesa e Rioja Baja.

Há evidências históricas que os romanos já produziam vinho em Rioja. Na Rioja Alta e na Alavesa encontramos predominatemente a Tempranillo na Baja encontramos a Garnacha. Ainda encontramos a Graciano e a Mazuelo (também conhecida como Cariñena ou Carignan na França).

Nas brancas encontramos a histórica Malvasia e a Viura (também conhecida como Macabeo).

Voltando ao nosso exemplar de hoje, é um vinho de cor rubí translúcida com reflexos alaranjados, halo aquoso de média proporção e muitas lágrimas, um vinho que já demonstra evolução.

Os aromas são muito intensos e um convite ao prazer. Lembram frutas passas acompanhado de tostados, couro, baunilha e côco. Realmente um vinho com boa complexidade aromática. Alguns dos aromas derivam dos 36 meses que esse vinho passa em barricas de carvalho americano.

Na boca um ataque muito elegante! Boa acidez, corpo médio, álcool equilibrado e final longo e aveludado com retrogosto das frutas passas.

Acompanharía muito bem pratos mais elaborados como um cordeiro com molho de uvas passas.

Um vinho para celebrações especiais!

Forte Abraço!

sábado, 11 de julho de 2009

Cava Don Román

Espumante, Macabeo, Xarello, Parrellada

País: Espanha - Penedés

Marqués de Tomares

Preço: R$ 39

Esta é uma boa Cava espanhola! Oriunda de Penedés, este espumante é feito com a tríade clássica das boas Cavas espanholas: Macabeo, Xarello e Parrellada. O afinamento ocorre em pipas de carvalho (primeira fermentação) e após em garrafa (segunda fermentação).

Volta e meia aparece sobre a minha mesa para comemorarmos as vitórias da vida!

De cor palha e sem reflexos com perlage abundante e fino. Aromas de média intensidade lembrando frutas cítricas e leve toque de fermento.

Na boca aquele bom ataque de espumante! Acidez elevada o que junto com o retrogosto cítrico confere frescor ao vinho. Ainda possuí corpo leve deixando a boca "molhada".

Experimente com uma porção de camarões a alho e óleo!

Forte Abraço!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Tour de France...

Quem me conhece sabe que eu adoro esportes, o ciclismo, mesmo depois de tantos escândalos, continua sendo fantástico com aqueles atletas pedalando por horas a fio em busca de um grande objetivo.

Julho é mês do Tour de France, e todas as noites curto o resumo de cada etapa na ESPN, porque de dia trabalho. Fico vendo o esforço e dedicação dos atletas, aquelas paisagens espetaculares da França, muitas pessoas as margens das ruas estimulando os ciclistas, acho um show!

Mas agora deve estar muito mais legal, a maravilhora Alexandra Corvo está apresentando os vinhos de cada região por onde passa o Tour! Todo dia lá pelas 10:30 hs da manhã... pena que durante a semana tenho que trabalhar...

Ah! E na última etapa tem ciclista que bebe champagne enquanto pedala...

Parabéns a ESPN Brasil por valorizar o vinho, que nada mais é que cultura, neste caso cultura francesa, tanto o vinho como o Tour...

Curta o página do Tour no portal da ESPN!

Forte Abraço!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Desafio Merlot!!!

D E S A F I O M E R L O T!!!

Mais uma segunda dessas e eu em São Paulo com um grupo de amantes do vinho. Mais uma noite de desafio as cegas... A pauta trazía Merlot's do mundo... Mas preciso confessar que Merlot nunca foi das minhas uvas favoritas, na verdade minhas experiências anteriores foram apenas razoáveis.

O local foi a excelente Trattoria do Pietro, excelente restaurante localizado no Shopping Open Center que apresentou um excelente serviço e um ravioli de mussarella de buffala memorável.

Local perfeito e com os 12 desafiantes a postos, um desconhecido, a degustação pronta para começar, mas antes um surpreendente espumante Casillero del Diablo para abrir uma noite perfeita para um sujeito como eu "quebrar" paradigmas e perder aquela imagem da merlot... Foram muitos nuances, um americano com aromas de vinho do Porto, um seguro Marques de Casa Concha, boas opções sulafricanas e australianas. Confira todas as descrições e resultados no Falando de Vinhos.

Mas vou adiantando que pela segunda vez um vinho nacional foi o melhor da noite, com média acima de 90... e um chileno na faixa dos R$ 30 que além de surpreender é facilmente encontrado, com certeza um "best buy".

Forte Abraço!!!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Especial Chile: Almoço com os Amigos...

Para finalizar minha epopéia por terras chilenas nada melhor que abrir algumas preciosidades que trouxe de lá num animado almoço com os amigos.

Por volta de 13hs de um sábado chegaram os amigos Alexandre (Diário de Baco) e Jean (O Tanino) acompanhado de suas digníssimas esposas.

O Alexandre era responsável pela sobremesa e surpreendendo a todos abandonou o tema Chile e touxe um Moscatel nacional para acompanhar a maravilhosa Torta de Frutas Vermelhas que a Vanessa fez.

Bom, mas antes da sobremesa, iniciamos as atividades com Camarões a Margherita Especial (com Mussarella de Búfalo) acompanhados de Casas del Bosque Gran Reserva Sauvignon Blanc 2008. Foi uma boa harmonização, o vinho, nesse momento, ressaltava mais seu lado herbáceo o que combinou com o manjericão do prato, e tudo isso junto com a excepcional acidez que este Sauvignon Blanc oferece tornaram o prato muito fresco.

Seguimos para as Costelas de Javalí acompanhadas de Purê de Abóbora e batatas noissete fritas. O vinho escolhido foi outro Casas del Bosque! O Gran Reserva Carignan 2007... a melhor harmonização do dia aconteceu. A grande quantidade tãnica e a boa acidez do vinho equilibrararm-se com a gordura da carne e acabaram por realçar a fruta madura do vinho, um verdadeiro espetáculo de sabor na boca, uma explosão de frutas maduras e secas, muito prazeroso.

Ah... ficou ruim para o seguinte? Não... O prato era Risoto de Bacon com Alho-Poró acompanhado de Picanha na panela de pressão, cozida com sal grosso, cebola e ervas. Tinha que sustentar um EPU 2001! Estava rubí vivo, intenso, brilhante com aromas e sabores de fruta em geléia predominando mas elegantemente acompanhados por especiarias, notas de couro, chocolate e caramelo. Foi outro show! A picanha que estava derrentendo na boca contrabalanceava-se bem com a acidez e os finíssimos taninos do vinho. Diga-se de passagem a carga tânica era elevada, abundante.

E a tarde avançava descontraída e rápida. Na mesa aquela Torta de Frutas Vermelhas, levemente adocicada, com aquele "azedinho" gostoso. E o Alexandre venho com um Espumante de Moscatel da Cave Amadeu, só com 7,5% de álcool, leve que ne uma pena, sem cor ainda, dá para dizer que era branco mesmo, com perlage fino. Uma delícia.

Assim nossa tarde terminou lá pelas 18hs, ninguém jantou é lógico... e a vontade de retornar ao Chile só aumentando...

Ainda como comentário, decantamos o EPU meia hora antes de servir e o Carignan não foi decantado, mas abrí o vinho uma meia hora antes também. Abaixo tem algumas fotos, destaque para a borras que o EPU deixou na taça... a do Carignan era ainda maior, mas a foto não ficou boa. E a outra é da costela de Javalí ainda na assadeira...

Forte Abraço!