Tinto, 100% Trincadeira,
País: Portugal
Adega de Pegões
Preço: R$ 70 - comprei por R$ 35 pelo Clube
Se os vinhos de Tannat são ditos masculinos, pela grande carga tânica que possuem, podemos dizer que um Trincadeira é feminino, pois possuí uma carga tânica gentil e relativamente pequena.
Este vinho foi trazido ao Brasil pela Sociedade da Mesa, clube de vinhos tintos do qual participo. Neste tipo de modalidade de compra existe um ou mais profissionais selecionando os vinhos, estes serão entregues mensalmente na casa dos associados. Os conceitos para seleção dos vinhos podem variar de clube para clube, no caso da Sociedade da Mesa há uma idéia de preço objetivo de R$ 35! Este clube tem a direção do Sr Dario Taibo, que está de parabéns pelas seleções que vem fazendo.
Enfim, o vinho de hoje acredito ser uma importação exclusiva, pois não o encontro para comprar em local algum ou apenas em sites europeus. Deste, segundo o site do produtor, foram feitas apenas 7.000 garrafas. Aliás o produtor foi eleito a melhor cooperativa vinícola de Portugal em 2006, mais um privilégio. Conste ainda que são 06 meses de barris de carvalho francês e americano e mais 04 meses de garrafa antes da comercialização.
Visualmente o vinho é rubí, sem reflexos e brilhante. As lágrimas são finas e em boa quantidade, denotando o álcool. No nariz os aromas remtem as frutas negras e passas, além de especiarias. Com tempo na taça o vinho apresenta uma lembrança herbácea e de chocolate.
Na boca o vinho desce fácil, é redondo. Acidez boa equilibrando o álcool, corpo médio e taninos saborosos e gentis, porém em quantidade pequena. A madeira está bem integrada ao conjunto e, também, é bem discreta. Nos aromas de boca e retrogosto as frutas negras se confirmaram dando ao vinho um final doce, gostoso, porém de ligeiro para médio.
Acredito que com massas de molhos simples e grelhados sempre é uma boa opção.
Uma boa oportunidade para conhecer esta uva! Pela delicadeza, uma boa alternativa aos Merlot e Pinot Noir que bebemos quando queremos vinhos tintos mais leves. Ainda bem que tenho outras duas garrafas...
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Adega de Pegões Trincadeira 2006
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Notas de Degustação: O Halo Aquoso.
Em função de compreender que a degustação de um vinho não é um exercício habitual do brasileiro e ouvindo o comentário do meu grande amigo Faber, decidi explanar um pouco sobre a degustação.
A idéia é falarmos um pouco sobre o que podemos identificar no processo de degustação e desmistificá-lo! Afinal vocês perceberão que as coisas não são tão complexas como parecem. Aos poucos passarei os "segredos" da degustação, hoje falaremos do halo aquoso. O que é isso? Qual sua importância?
A degustação nada mais é que prestar atenção as sensações que temos ao beber o vinho. É dividida em três partes: visual, olfativa e gustativa. Tem como objetivo básico reconhecer as qualidades e deficiências que um vinho pode ter.
Dois detalhes importantes: boa luminosidade e uma toalha branca são fundamentais para uma boa análise visual. E é nesta fase que identificamos o tal halo aquoso.
Quando inclinamos a taça levemente para frente o halo aquoso pode ser identificado. Se prestarmos atenção a borda poderemos ver que o vinho termina antes do que devería... digamos que após o término do líquido escuro ainda temos um bordinha de água, ok? Esta borda de água é o halo aquoso.
Quando o halo é pequeno ou inexiste, temos um sinal que o vinho é jovem, se você tem uma outra garrafa pode gaurdá-la por um período que o vinho permanecerá bom. Quando o mesmo halo é presente e grande (meio centímetro digamos) o vinho está em sua maturidade e deve ser consumido o mais breve possível.
Alguns vinhos podem perdurar com um halo desenvolvido, a maioria não. Outros vinhos mesmo sem halo desenvolvido devem ser consumidos em sua juventude, principalmente os que não passam por madeira, foram feitos dessa maneira, o Enólogo tinha esse objetivo.
Finalmente o halo é sempre uma boa referência sobre o momento/idade do vinho. Procure observá-lo, você terá mais dificuldade em reconhcê-lo nos vinhos brancos.
Forte Abraço!
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Degustação: Premium Wines
Na última quarta-feira (19) estive na Excelência Vinhos, distribuidora na região de Campinas, a convite dos amigos Valter, Silnei e Ana, para uma degustação de vinhos da Premium Wines, importadora de Belo Horizonte que meus amigos representam.
Foi um final de tarde e início de noite muito agradável, o mundo do vinho tem essa qualidade fantástica. Oportunidade para rever amigos e conhecer novas pessoas. E ainda beber pudemos vinhos da Premium! Esta importadora, pra mim, sempre foi sinônimo de qualidade, traz excelentes vinhos, especialmente da Nova Zelândia, França e Chile. Que continuem assim. Tive o prazer de conhecer a Jussara, com a qual já tinha comprado via net (e-mail) os fantásticos Chateauneuf de Pape Font de Michelle 2004 e Chateauneuf de Pape Blanc Clos des Papes 2006.
Foram apresentados dez vinhos, três brancos e sete tintos. Sendo três franceses, três chilenos, dois neozalandeses e dois argentinos. Gostaría aqui de explanar sobre os dez, mas ficaría cansativo, portanto vou passar por quatro deles. Mas quero dizer que, se pudesse, compraría uma caixa de cada um dos dez vinhos!
Primeiramente um branco, neozalandês, Jackson Estate Sauvignon Blanc 2006. Quando compro um Sauvignon Blanc sempre opto pela safra mais recente, porque a principal característica dessa uva é a acidez, ou seja com o tempo um sauvignon blanc perde sua principal característica. Não é o caso desse! O vinho ainda estava com muito frescor (consequência da boa acidez), maravilhoso. Os aromas de frutas cítricas e a marca registrada da Nova Zelândia, um aroma não muito agradável, que é conhecido no meio por "pipi de chat" ou em português claro: xixi de gato! Não se assutem, essa, digamos, sudorese que encontramos não atrapalha. Na boca um frescor marcante, com bom equilíbrio e final pronunciado. Vamos aos tintos?
Pois não! Primeiramente o Mil Piedras Malbec 2006, argentino, diferente do que estamos acostumados, este Malbec não preza pela potência, mas sim pela elegância. Os aromas remetem a frutas mais passadas e muita madeira, couro, baunilha, etc. Na boca temos boa acidez, taninos finos, álcool equilibrado e corpo médio. Essa última característica que faz deste Malbec tão diferente. Percebemos que esta uva é versátil e talvez, pelo pouco que conheço, essa versatilidade não esteja sendo tão trabalhada.
Seguindo em frente chegamos ao chileno Falernia Syrah 2006, vinho do Valle del Elqui, já ouviu falar do Valle del Elqui? Região chilena tradicional na produção de uvas brancas para o Pisco. Esta região é semidesértica, com boa variação de microclimas e diversidade geográfica; Oceano Pacífico de um lado, Cordilheira dos Andes do outro e "acima" o deserto do Atacama. a Viña Falernia foi fundada em 1998. Mas... e o vinho? Ah! Rubí escuro, chorão e com aromas de frutas frescas e especiarias. Na boca potência e equilíbrio. Carga tânica elevada porém fina. Final para lá de satisfatório.
Finalmente outro chileno, o Casa Rivas Maria Pinto Estate Syrah/Cabertnet Sauvignon 2003. Foi o que mais me agradou. 55% de Syrah e 45% de Cabernet, 12 meses de carvalho francês, oriundo do Valle del Maipo. Após quase seis anos de sua colheita apresenta uma cor rubí com reflexos violáceos e halo aquoso inexistente. Com grande complexidade aromática, destaque para a goiabada! É... quando alguém me disse que um vinho podería ter este aroma, eu também achei que era um placebo. Ainda bem que o Casa Rivas acabou comigo, porque este aroma é delicioso! Na boca grande estrutura e equilibrada, muitos taninos doces e gentis, a boca fica aveludada! E o final? Ainda posso sentir... longo, duradouro... Acho que pode ficar um bom tempo na garrafa ainda, até mesmo uma década. Resultado: comprei duas garrafas!
Gostaría de agradecer mais uma vez a Excelência Vinhos por me fazer este convite. Valeu muito! Esperarei por outros, mas sem a menor pressa.
A Excelência trabalha com os portugueses do Esporão e a Quinta do Crasto, os chilenos Tarapacá, Ventisquero e os surpreendentes Anakena, os argentinos da Alta Vista, os sulafricanos da Out of Africa dentre tantos outros rótulos de destaque e reconhecida qualidade, ao todo são dez importadores que representam. E ainda tem alguns dos melhores azeites de oliva que já provei.
Vale a ligação, pois são de longe o melhor atendimento que já tive em Campinas e região. Converse com a Ana: 19 3294-9594.
Forte Abraço!
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Degustação: Cabernet Franc!!!
Ontem foi uma noite muito bacana, recebi em minha casa os amigos Alexandre (Diário de Baco) e Rafael (De Vinho em Vinho) acompanhados de suas mulheres, para um degustação de vinhos 100% Cabernet Franc.
Sempre tive muita curiosidade em relação a esta uva, tinha lido e ouvido falar de sua gama aromática e do toque herbáceo que possuí. Selecionei três vinhos ao longo do tempo para conhecê-la, e achei oportuno ter meus amigos "blogueiros" desgustando os vinhos e comentando as impressões que cada um teve.
O que espero de um Cabernet Franc hoje é: diversidade aromática, corpo médio e com razoável carga tânica, característica comum aos três vinhos que degustamos.
Em termos de harmonização, pensarei sempre em cortes de carne, especialmente as fibrosas, como a Fraldinha. Carnes cozidas, ensopadas, acompanhadas de molhos estruturados e embutidos. Pode ainda acompanhar peixes gordos.
Degustamos um francês do vale do Loire, elegante, um chileno da parceria da Miolo, potente, e um argentino, Patagônia, o melhor na minha opinião. Vamos ao primeiro:
Domaine Chupin 2004 - Vale do Loire - França - Preço: R$ 50
Cor: Rubí translúcido com reflexos atijolados, poucas lágrimas.
Aromas: Inicialmente frutas vermelhas frescas e especiarias, passando por caramelo, defumado e um "tostado" marcante.
Boca: Equilibrado, o mais elegante dos três vinhos, de corpo médio com boa acidez, equilibrada ao álcool e com carga razoável de taninos finos. O retrogosto é frutado e o final é satisfatório.
D.O. Cabernet Franc 2004 - Chile - Valle del Maule - Preço: R$ 54
Cor: Rubí escuro, opaco, halo aquoso inexistente e "chorão".
Aromas: Frutas negras e passas são sua primeira marca, percorre as especiarias aliadas especialmente a menta e, por fim, alcança a madeira com destaque para a baunilha e chococolate.
Boca: O maior corpo e carga tânica da noite, potente, ao estilo Novo Mundo. Sobra álcool, mas não incomoda pela estrutura e acidez que o vinho apresenta, ainda tem um leve amargor gerando um contraste interassante. O retrogosto remete a frutas negras, o final é longo, belo! Pode melhorar com mais um ou dois anos de garrafa.
Humberto Canale Gran Reserva Cabernte Franc 2003 - Argentina - Patagônia - Preço: R$ 105
Cor: Rubi translúcido com refelxos atijolados, "chorão". Halo já desenvolvido.
Aromas: As frutas já não estão mais presentes, o herbáceo salta ao nariz, acopanhado de especiarias, baunilha e um terroso, desenvolve para o chocolate. Não decantamos, mas merecía...
Boca: É um veludo! Está redondo! Carga tânica grande e finíssima, corpo médio, boa acidez, álcool equilibrado e sem amargor. Retrogosto herbáceo, 06 anos de idade e ainda é fresco. Final longo, persistente, o melhor da noite!
E para finalizar: Um brinde a amizade! Plageando um amigo...
Forte Abraço!
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Degustação de Risotos
Neste final de semana que passou fui a Cantina Amarone em Campinas. Fica localizada no Cambuí e tem um clima para lá de italiano, tanto na decoração como na música ambiente.Estão com uma opção interessante no cardápio: Degustação de Risotos, a R$ 30 por pessoa. São 06 risotos ao todo, e vá com fome, porque é bastante comida, sugiro dispensar o couvert, vai ficar mais fácil chegar ao final da degustação.Destaque para o de Uva Thompson com Queijo Brie, o preferido da Val, e o Sarajó, combinação de aspargos, palmito e tomate. Ainda temos os tradicionais Zucchini com Tomate Seco, Piemontês, o agridoce e diferenciado Manga com Provolone a Milanesa e ainda o de Espinafre com Batata Palha. Vale a pena!O ponto negativo da casa é a carta de vinhos, oferece poucas opções e de qualidade questionável, além da casa não possuir sequer uma adega climatizada.Forte Abraço!
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Escorihuela Gascón Viognier 2007
Branco, 100% Viognier
País: Argentina
Escorihuela Gascón
Preço: por volta de R$ 50
Um Viognier argentino, país que tem apresentado boas opções para esta uva. A vinícola é excelente, faz parte do grupo Catena Zapata, que dispensa apresentações.
O vinho é amarelo palha com reflexos esverdeados, límpido, brilhante e "chorão". Os aromas remetem a damasco e pêssego, um toque floral. Apenas 10% deste vinho passa por tratamento em barris de carvalho de segundo uso, não senti a presença de madeira nem nos aromas nem no paladar. Os demais 90% passam por aço inoxidável.
Na boca tem ataque "picante", pegando na ponta da língua, diferente e interessante, dá para entender porque sempre esta cepa é sugerida para acompanhar comida asiática, especialmente a culinária tailandesa. Possuí ainda bom corpo, destacada acidez e álcool equilibrado.
Para conhecer esta uva existem opções mais interessantes em termos de custo-benefício. Mas isso não faz deste vinho uma compra ruim, pelo contrário, é um Viognier com personalidade própria.
$$$
domingo, 16 de novembro de 2008
Alta Vista Premium Torrontés 2007
Branco, 100% Torrontés
País: Argentina
Alta Vista Wines
Preço: De R$ 35 até R$ 45
Você já bebeu um Torrontés? Está aqui a sugestão! Não sou fã desta uva, mas ontem a noite tive o prazer de beber este vinho com minha amada Val e com outros dois casais de amigos no restaurante Idalvo's, por indicação do estimado Lúcio.
Antes de comentar o vinho, fiz uma pesquisa rápida sobre este Alta Vista e descobri no site da Épice (importadora do mesmo) que estamos falando de um vinho premiado, duas vezes premiado! Foi Ouro Duplo no Hyatt Wine Awards de Mendoza, e Ouro no Concurso Mudial de Bruxelas.
Bom, falando do vinho, é amarelo com reflexo esverdeado, límpido e brilhante. Os aromas partem das frutas cítricas, com destaque para maracujá fresco e passam para os florais após algum tempo na taça, o jasmin aparece preguiçoso porém marcante.
Na boca uma explosão de frescor, perfeito para as noites de calor que o verão trará. O retrogosto cítrico está presente, mais uma vez o destaque é do marcujá acompanhado do limão. E o álcool? Equilibrado com todo o vinho.
Acompanhou perfeitamente a entrada de camarões rosas descascados cozidos na manteiga e no sumo de limão.
Acho que vou precisar de uma caixa deste Alta Vista para o verão... risos.
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sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Leon de Tarapacá Cabernet Sauvignon Rosé 2007
Rosé, 100% Cabernet Sauvignon
País: Chile
Viña Tarapacá
Preço: até R$ 30
Mais um rosé, leve e gastronômico é uma boa dica para quem é fã desses vinhos. Não sou um fã desta vinícola, mas acho que este rosé atende as expectativas. De um rosé sempre espero, fruta, frescor e leveza.
Tem uma cor vermelho claro, límpida, brilhante e translúcida, me encanta. Lágrimas na medida. O nariz é tomado por morangos, com algo floral que se desenvolve lentamente na taça. O corpo é razoável, com álcool e acidez equilibradas.
Para o meu gosto podería ter mais acidez, mesmo assim acompanha bem aperitivos e carnes brancas.
Vou cometer uma ousadia aqui, já que não sou nenhum profissional da área, a Alexandra Corvo que não veja ou leia, mas esse vinho fica bom com um prato não muito corriqueiro, mas que encontro aqui no interior... Filet de Pintado a Parmeggiana.
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Carmen Classic Chardonnay 2006
Branco, 100% Chardonnay
País: Chile
Viña Carmen
Preço: De R$ 30 a R$ 40
Como o calor chegou e parece que vai demorar para ir embora e este "blogueiro" não esconde sua preferência pelos vinhos brancos, temos aqui mais uma dica.
Este branco tem muito frescor e equilíbrio. De cor palha totalmente tomada pelo reflexo esverdeado. Apresenta boa evolução, já visível no halo aquoso desenvolvido.
O nariz é de abacaxi doce, delicioso, acompanhado de notas de frutas brancas e algo herbáceo. A evolução dos aromas na taça traz algo ainda mais doce, talvez um abacaxi em compota, é bárbaro, simplesmente elegante e maravilhoso.
Na boca excelente frescor devido a boa acidez, corpo médio, retrogosto herbáceo e álcool equilibrado.
Foi com um risoto de palmito acompanhado de Salmão grelhado, ficou bom...
Não tenho visto mais o 2006 nas prateleiras, mas pelo porte e qualidade da vinícola, duvido que o 2007 tenha qualidade inferior.
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Agiorgitiko 2004
Tinto, 100% Agiorgitiko
País: Grécia
Gaia Wines
Preço: De R$ 80 a R$ 120
Os vinhos gregos são mal vistos de uma maneira geral. São entendidos como pouco complexos. E é verdade, já tomei alguns que comprovam essa tese.
Aqui temos um diferente, uma exceção. É um bom vinho, com boa complexidade aromática. Vermelho rubi, sem reflexos. Com halo aquoso razoável, o que denota sua maturidade. Lágrimas abundantes e espessas.
Os aromas começam com frutas negras passas, passam por baunilha, balsâmico e terminam no chocolate, que é o aroma persistente na taça.
Passamos então a boca, depois de um bom nariz a expectativa que se cria é grande, porém na boca o vinho fica aquém do nariz. Isso não significa que o mesmo é ruim, pelo contrário, é bom, mas se espera mais após a análise olfativa.
É um vinho de corpo médio, com acidez equilibrada, carga tânica gentil e pequena, retrogosto frutado e final médio. Como disse bom, mas depois da complexidade aromática, eu esperava um final mais longo e "meio de boca" mais apurado.
Mesmo assim vale a compra! Podemos conhecer algo diferente dos tradicionais Malbec's, Cabernet's, etc. Afinal é um vinho interessante e original, eu daría 84 pontos para este vinho.
O preço incomoda, não é atrativo, com certeza o maior problema deste vinho.
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Melipal Malbec Rosé 2007
Rosé, 100% Malbec
País: Argentina - Mendoza
Bodega Melipal
Preço: R$ 20 a R$ 30
Sou fã dos vinhos leves, e por consequência dos rosés. Sempre me atraíram pela cor e pela facilidade que sentimos no palato ao degustar. Este é o melhor rosé safra 2007 do novo mundo que bebi até o momento. E com certeza o melhor custo-benfício!
Tem cor vermelho escuro translúcido, lindo! Bom halo aquoso e bastante chorão, denotando os 13% de álcool. No nariz o que se espera de um rosé, muita fruta vermelha, destaque para as amoras e framboesas.
De corpo médio e acidez correta, é um vinho equilibrado! Muito equilibrado, o álcool está domado e o retrogosto é maravilhoso, morangos. Final muito acima da média dos rosés, podemos considerá-lo longo!
Sugiro acompanhar com patês e ter muitas garrafas em casa, pois "escorrega" bem...
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sábado, 1 de novembro de 2008
Latitud 33 Malbec 2007
Tinto, 100% Malbec
País: Argentina - Mendoza
Bodegas Chandon
Preço: De R$ 18 a R$ 25
Esta é a minha primeira participação na Confraria Brasileira de Enoblogs, e é com um Malbec surpreendente é feito pela Chandon Argentina. É surpreendente porque preza pela elegância e não pela potência como os demais.
Tem uma cor linda, rubi com reflexos violáceos. "Chorão" de lágrimas finas. Os aromas de frutas vermelhas frescas, destacando a ameixa, ainda acompanhadas por baunilha e caramelo. Há algo floral também.
Com "meio de boca" pleno e elegante, a acidez equilibrada com taninos agradáveis e leve desvio de álcool, que sobra um pouquinho, mas não incomoda. Final agradável e frutado. Muito bom para acompanhar risotos.
Excelente custo-benfício! Compraría outras garrafas, mas não as guardaría, é um vinho que deve ser bebido em sua juventude.
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