terça-feira, 16 de agosto de 2011

Palo Alto Reserva Sauvignon Blanc 2009

Bom eu já bebí o Palo Alto tinto algumas vezes, é uma das melhores compras na sua faixa de preço... Você pode conferir o que eu achei da safra 2007 aqui! E como ele se comportou numa degustação as cegas! 
Mas eu não havia experimentado o branco ainda, feito com a Sauvignon Blanc no Valle del Maule. Foi um vinho que me agradou muito, ainda mais por ser um vale que não tem tradição com esta cepa branca. 
Amarelo palha com leve reflexo dourado, nariz intenso, com nuances de aspargos, ervas e frutas cítricas, como limão. Na boca o ataque é equilibrado, corpo médio, acidez em alta, mas não exagerada e boa persistência. Vale a pena, sai por R$ 35... 
Eu não guardaria este vinho, pois o momento dele é ótimo para consumo! Pode acompanhar saladas e carnes brancas.
Forte Abraço!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Argento Torrontés 2009, Áspero...

 
Esse é um vinho que bebo frequentemente, apesar do título do post dar a sensação de que não gosto dele... não é verdade! 
Esse vinho é um típico torrontés de 'combate'. Com nariz intenso e certa aspereza na boca, o que espero de um vinho dessa faixa de preço (R$ 15 a 20). 
Já está dourado na taça, com algumas lágrimas correndo pela taça... No nariz beira a exuberância de tão intenso, nuances florais e de frutas cítricas dominam o painel, destaque para flor de laranjeira. 
Na boca tem um corpo médio, um pouco mais estruturado do que eu gostaría... retrogosto confirmando as frutas cítricas, suave amargor e acidez moderada me trazem essa sensação áspera! 
É o vinho que normalmente acompanha as saladas aqui em casa, vale o preço! 
Forte Abraço!

domingo, 14 de agosto de 2011

Dia dos Pais & Vinho

E chegou mais um Dia dos Pais... e muitos lojas apresentaram inúmeras promoções de vinhos para presentearmos nossos amados pais... algumas com boas dicas. 
Bom... eu não reproduzi nenhuma aqui porque esse não é o objetivo do Vivendo Vinhos, mas posso comentar como começou minha comemoração com o Seu Raul, meu pai. 
Na segunda que passou ele me contou que decidiu me visitar, viajaria para cá no sábado e que meu irmão se juntaria a nós no domingo. Bom, momento oportuno para preparar algo diferente, procurei por um coelho, e ontem fiz assado, envolto em bacon e alecrim. Regado a molho de vinho com funghi... 
Passei a semana pensando no vinho que serviria... Barolo, Dão, Pinot Noir... que dúvida! Até me martirizei, afinal ele vem me vistar poucas vezes durante o ano. Optei pelo Pinot Noir. 
Ao fim do jantar perguntei se ele tinha gostado do vinho, da harmonização... Estava esperançoso, meu velho sorria...  "do vinho não gostei muito, mas o que importa é que estamos juntos mais uma vez.." E hoje fica melhor... meu irmão está chegando... e a costela? Nos esperando! 
Forte abraço!

sábado, 13 de agosto de 2011

Don Maximiano 2005, Degustação: O Melhor das Américas

O último vinho servido foi este chileno do Valle do Aconcágua, feito com a predominância da Cabernet Sauvignon, 82% do corte. Aliás minhas melhores experiências com este vale chileno são com a rainha das uvas tintas. 
Outro vinho que demonstrou muita tipicidade com sua cor rubí intensa e finas lágrimas. Intensos aromas de especiarias e a já tradicional goiabada, evolução para couro e chocolate. 
Na boca é redondo, agradável. fará boa companhia para diversos pratos, pois apesar do enorme volume tânico, os mesmos estão maduros... Nenhum sinal de álcool ou amargor e boa persistência. 
Ficou com o terceiro lugar no resultado final dessa prazerosa degustação, que venham outras! 
Forte Abraço!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Afincado Malbec 2005

O quinto vinho servido na noite foi este argentino e ele, até por não ser o ícone da Terrazas, se saiu muito bem, obrigado! Confesso que subestimava o desempenho "hermano" no início da Degustação, ficou em quarto lugar, mas muito próximo do terceiro colocado... 
Um típico 'Malbecão'... Na taça cor rubí violácea, abundantes e finas lágrimas correndo pela taça, sem halo aparente. O nariz me surreendeu com frutas secas e algo de tâmara, os tradicionais nuances florais da Malbec estavam por lá... 
Na boca demonstrou potência, boa acidez, bom corpo e boa persistência. Tânico! Ainda acompanhará muito bem os tradicionais cortes argentinos de carne, especialmente o Bife de Chorizo. 
Apesar de ser muito parecido com qualquer Malbec encontrado por aí, o Afincado chamou a atenção pela sua jovialidade... A experiência tem me mostrado que o tempo não é benéfico com os varietais de Malbec e este aqui está resistindo bem, mas se eu tivesse uma garrafa em casa, abriria sem dó e num bom churrasco.
Forte Abraço!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Storia 2005, Degustação: O Melhor das Américas

Lá estava ele na taça... os pronunciados aromas de café torrado o revelaram... sem nenhum mistério, todos cravaram: "Storia!!!" Um vinho que já é um cult entre os blogueiros... 
Esses dias comentei a safra 2006, agora a mítica safra de 2005, para mim, o Storia é o melhor vinho nacional que já experimentei, no mesmo nível ou até melhor que outros ícones sul-americanos. E olha... que eu não gosto de Merlot varietal... quem me conhece bem, se diverte bastante com esse fato, não é João Filipe? 
Enfim o vinho demonstra muito potencial de evolução/guarda ainda, é jovial em sua cor rubí intensa e opaca com leve reflexo violáceo e sem halo aquoso aparente. 
Os intensos aromas remetem a características secundárias, muito café torrado, aromas animais, couro e resinosos. Na boca é potente e equilibrado, deflagrando características novo-mundistas. Vasto e maduro volume tânico, boa acidez e retrogosto perene. 
Continuo querendo experimentar ele com uma costela na brasa, um dia eu chego lá... Ficou em segundo lugar na noite, uma bela posição! 
Forte Abraço!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Opus One 2005, o Campeão!

O terceiro vinho servido na degustação, O Melhor das Américas, foi este ícone norte-americano. Famosa parceria entre o já mítico Robert Mondavi e Baron Philpe de Rotschild. E foi o campeão da noite. 
Na taça apresenta cor rubí profunda, opaca, com leve reflexo violáceo e sem halo aparente. Os aromas iniciaram tímidos mas foram os que mais evoluíram durante a noite, demonstrando que uns 30 min de decanter podem fazer muito bem a este vinho. Um painel repleto de nuances, frutas vermelhas maduras, aromas florais, chocolate, cacau, baunilha, café, etc. 
Um bom corpo com acidez em alta e vasto volume tânico maduro deram a esse vinho sua principal característica, a elegância! Muito mais que equilibrado esse vinho é extremamente elegante, um californiano tem a elegância francesa... Talvez adquirida no estágio de 18 meses em barricas francesas, talvez pelas mãos do produtor/parceiro francês, não sei... sei que é muito elegante, surpreende ainda mais por ser um vinho do Novo Mundo. 
Infelizmente é verdade que se trata de um luxo caro, seja no Brasil onde o preço chega aos astronômicos R$ 1.500, ou mesmo nos EUA onde supera os USD 200, mas se tiver oportunidade... aproveite! 
Forte Abraço!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Don Melchor 2005

O segundo vinho servido na Degustação O Melhor das Américas foi este ícone chileno, admirado por muitos e muito bem pontuado por inúmeros avaliadores e revistas. 
Eu não conhecía o Don Melchor ainda, mas não me impressionou. Longe de ser um vinho ruim, apenas não justifica o seu preço e o investimento que a vinícola faz nele, no resultado final da degustação ficou em último lugar, no meu julgamento particular foi o penúltimo. 
De cor rubí intensa e opaca, ainda com reflexo violáceo e halo aparente. O nariz denuncia sua origem com uma goiabada intensa, especiarias e cravo completam o painel. 
Na boca médio corpo, boa acidez e persistência, ponta adocicada... bom equilíbrio. Um tanto quanto raso e a falta de potencial de guarda me frustraram... 
Forte Abraço! 

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

VF 2005, Degustação: O Melhor das Américas

 
Conforme prometido ontem, hoje começo a relatar os vinhos que participaram da degustação: O Melhor das Américas, promovida pela Confraria 2 Panas. Reforçando que a degustação foi as cegas e os vinhos foram abertos no momento de serví-los, assim nenhum deles passou mais tempo oxigenando ou coisa do tipo...
E a noite começou com este corte bordalês produzido pela Villa Francioni em Santa Catarina. No meu entender foi o últimos colocado, mas a banca considerou ele como quinto colocado. 
Na taça apresentou cor rubí intensa, lágrimas espessas e halo aparente. Os aromas remetiam a frutas vermelhas maduras, ervas, menta, balsâmico e pimenta. Eram bem intensos. 
Mas na boca algum desequilíbrio com álcool aparente e grande volume tânico ainda verde. Boa acidez e retrogosto confirmando a pimenta e de boa persistência. 
Para mim reforçou outras impressões que já tive dele. Um belo vinho, mas que deve ser bebido jovem, não envelhece bem e vai desequilibrando. 
Forte Abraço!

domingo, 7 de agosto de 2011

Degustação: O Melhor das Américas

Recentemente participei dessa interessante e fantástica degustação! 06 vinhos ícones de origem do continente americano, dois chilenos, 02 brasileiros, 01 norte americano e 01 argentino, todos da safra 2005. O objetivo era eleger o melhor das Américas. 
Promovida pelos amigos da Confraria 2 Panas na agradável loja Portal dos Vinhos, a noite reservou surpresas e reforçou as referências de um certo vinho... 
Nessa semana apresentarei diariamente vinho por vinho degustado, as minhas impressões e a posição do mesmo na degustação, lembrando que ser o sexto vinho em grandes vinhos, não é nenhum sinal de fraqueza ou má qualidade. Os competidores? Na foto abaixo...
Por fim agradeço aos amigos por mais esta noite memorável, regada a bons vinhos... 
Forte Abraço!

sábado, 6 de agosto de 2011

A Confraria ataca novamente! Château d'Yquem 98


 
Parece mentira, mas é verdade, os quatro intrépidos membros da Confraria da Mentira reuniram-se a mesa para desarrolhar o mítico vinho de Sauternes, o Château d'Yquem! 
Era da safra de 1998 e estava perfeito! Amarelo-ouro, untuoso, macio aromático, intenso, complexo... de persistência absurda!!! Aromas de açúcar mascavo, açúcar de confeiteiro, cravo, baunilha, doces de frutas cítricas, etc... Tudo perfeitamente integrado e equilibrado.
A verdade é que não tem muito o que escrever porque simplesmente é uma experiência! Foi provado com queijo roquefort, uma aula de harmonização... fora de série! 
Por fim, parafraseando um certo presidente, esqueçam o que escreví! Se tiverem oportunidade, experimentem! Vale a pena! Deixo abaixo mais uma foto! 
Forte Abraço!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Crane Lake Zinfandel 2006

Mais um vinho norte-americano, dessa vez do Napa Valley. E da uva emblemática norte-americana, a Zinfandel! Na verdade esse vinho é um corte de várias uvas, com predominância da Zinfandel, 77% da composição. 
Esse aqui é um zinfandel com menos corpo, menos intensidade que os clássicos vinhos da Califórnia, mas é um vinho muito equilibrado e prazeroso. Apesar de ser afinado em barricas de carvalho americano, a fruta se sobressai e o conjunto fica muito bem integrado. 
De cor rubí translúcida, com halo aparente e finas lágrimas. Ao nariz apresentou muita intensidade! Primeiramente com geléia de frutas vermelhas e depois com nuances de cacau, chocolate e côco. 
Na boca apresentou corpo médio, boa acidez, taninos maduros e nenhum sinal de álcool ou amargor. Retrogosto suavemente doce confirmando a característica da Zinfandel. 
Um vinho para surpreender os amigos enófilos! 
Forte Abraço!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Almadén Riesling 2011, surpreendente! #CBE

Esse mês tive o privilégio e a honra de escolher o tema da Confraria Brasileira de Enoblogs, CBE. Escolhí resgatar os princípios da CBE, no começo sempre escolhíamos vinhos que fossem facilemente encontrados com preço limite de R$ 40, logo o tema foi: "Um vinho de até R$ 40, encontrados em grandes redes de supermercados". 
Minha escolha foi um branco nacional da região da Campanha, o Almadén Riesling 2011. Vinho que a amiga Fabiana do Escrivinhos e o Gil do Vinho para Todos havíam elogiado, porém da safra 2010. Por essa garrafa paguei R$ 13, e acho que fiz uma ótima compra. 
O Almadén Riesling não é um grande vinho, mas é um vinho que surpreende pelo sua presença. De cor amarelo palha, brilhante e sem reflexos. Ao nariz aromas de frutas cítricas, como lima e maçã verde, além de leves nuances florais. Os aromas tem intensidade moderada. 
Na boca é leve como uma pena, com acidez branda e final ligeiro, porém confirmando as frutas. É um ótimo vinho para receber os amigos, sabe aquele para se beber de forma descontraída, descompromissada, despreocupada... aquele para brindar e sorrir! 
Forte Abraço!