quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Santa Carolina Varietal Merlot 2007

Tinto, 100% Merlot

País: Chile

Santa Carolina S.A.

Preço: R$ 20

Este é o vinho do mês da Confraria Brasileira de Enoblogs. Um merlot chileno da safra de 2007. Tecnicamente não dá para dizer que tem defeitos ou que o vinho é mal feito, mas não me agradou, fiquei com a sensação que o vinho estava aguado. Não compraría outra garrafa desta safra.

Tem cor rubí translúcida com reflexo violáceo leve, em declínio. Muitas lágrimas que escorrem lentamente pela taça, um vinho chorão. Podemos sentir facilmente os aromas de frutas vermelhas maduras quase passadas, dando uma sensação doce ao nariz. Existem nuances de especiairias, pimenta e balsâmico.

Na boca tem leve desequilíbrio de álcool e amargor final. Ainda apresenta acidez moderada, corpo leve e taninos rústicos, beirando os verdes. Com o tempo os taninos podem melhorar, mas acredito que o amargor se acentuará logo concluo que é melhor bebermos este vinho agora. Os aromas de boca remetem a frutas doces, praticamente uma geléia. O final é ligeiro.

Pode acompanhar massas simples e leves, além de grelhados de frango e carne bovina.

Forte Abraço!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Salton Reserva Ouro Brut

Espumante, Chardonnay, Riesling e Pinot Noir

País: Brasil

Vinícola Salton

Preço: R$ 26

A Confraria Brasileira de Enoblogs deciciu postar um espumante no último dia 15 de dezembro como sugestão para as festas... Bom eu estou atrasado... mas ontem bebí novamente este espumante e vou comentá-lo abaixo. Afinal faltam dois dias para o Reveillon e você ainda pode não ter comprado o seu.

Este espumante da Salton já recebeu alguns prêmios internacionais, medalhas de prata e bronze mundo afora. Recentemente na Veja São Paulo ficou em quinto lugar numa degustação de espumantes, 0,7 ptos atrás do segundo colocado.

É um vinho amerelo palha com reflexo esverdeado, com muitas bolhas, o perlage é contínuo, incansável! Quando se coloca na taça parece um sabão de tanta espuma, essa característica canarinha é perigosa, cuidado para não derramar.

Aromas de frutas tropicais, maçã verde, nuances minerais e de fumaça, um vinho com boa persistência aromática. De corpo médio e refrescante tem como ponto alto a acidez. Também está bem equilibrado, pena que a persistência final é pequena, ponto fraco deste vinho.

Ideal para aperitivos, patês e salpicão. Fica ideal quando acompanha aquela conversa descontraída a beira da piscina num bom dia de calor...

Forte Abraço!

$$$

sábado, 27 de dezembro de 2008

Mais Natal... e promessas para 2009!!!

O Dia 25 começou com um belo café da manhã que só foi terminar perto do meio dia... Um banho e 20 km de estrada para chegar a casa da minha tia onde o churrasco esperava.

Muita animação e confraternização, pois além de ser Natal, minha tia faz niver em 25/12!!! Mais uma vez: Parabéns!!! Que vc continue sendo este ser humano sem igual no mundo.

Voltando ao churrasco, falei em Malbec argentino no post passado... mas comecei com umas cervejas Stella Artois, que são fantásticas!

Quando saí de casa optei por um vinho uruguaio, um 100% Tannat, o Viña Salort Tannat Roble 2005, um belíssimo vinho, encorpado, equilibrado e com carga tânica elevada e agradabilíssima. Aromas de frutas maduras e nuances de especiarias e cacau, como só bebemos uma garrafa fica mais fácil de lembrar... risos.

Já estava há algum tempo na adega, mas não conhecía ainda, me surpreendi com os taninos, esperava-os mais rústicos, fiquei muito contente com este vinho. Serviu também para provar que a Tannat não é só para corte como alguns defendem.

Ontem 26, no almoço, só água e refrigerante... mas no jantar fomos a Avenida Paulista Pizzabar, fica na Rua Emiliano Perneta em Curitiba, estou em Curitiba visitando meus pais. Este lugar é agradabilíssimo! Tem um Piano bar no mezanino, e, por incrível que pareça, tinha um pianista!!! As últimas vezes que fui a um Piano bar, o piano era peça de decoração...

Mas vamos ao que interessa, porque se for bonito e a pizza for ruim, não adianta! Não é o caso! Prova disso que para um dia 26/dez tinha fila de espera de 30 minutos quando saímos, por volta das dez horas. O atendimento foi classe A também.

As pizzas são excelentes! Tem sabores tradicionais e especiais, destaque para a Parma i Capri, deliciosa combinação de Presunto Parma, Queijo de Cabra com tomates e folhas de manjericão.

A casa ainda oferece massas e pratos diversos para quem não quiser pizza e quer estar com a família ou com os amigos. Aliás tinha uma Lasanha recheada com Filet Mignon e Funghi no cardápio que encheu a boca d'água... Esse lugar vale a pena, não deixe de conhecer.

E os vinhos? Achei a carta com os preços bem salgadinhos, mas não resistí e pedi um Alamos Bonarda 2007, um vinho equilibrado, de corpo médio, frutado, com boa acidez e taninos gentis. Recebeu 86 pontos de Parker e da Wine Spectator, com certeza uma das melhores opções argentinas para conhecer esta uva, inclusive em custo benefício, uma garrafa nas lojas gira os R$ 35. Gostei muito deste vinho.

Aqui um comentário particular, a febre da Pinot Noir é grande e os preços dos vinhos feitos com esta cepa estão inflacionando... a Pinot Noir, pra mim, faz os mais elegantes vinhos que bebí até hoje, mas encontrar um Pinot bom abaixo de R$ 40 é um senhor desafio! Cepas como a Trincadeira, a Bonarda e alguns Merlot's tem se mostrado uma alternativa interessante, pois normalmente os vinhos são interessantes e de corpo médio para leve, mesmo quando há passagem por madeira. Não tem a mesma elegância da Pinot Noir, mas tem o custo-benefício. Como vivemos num país tropical, os tintos leves e médios tem que fazer parte do nosso dia a dia.

Bom, como diz o Alexandre (Diário de Baco), hoje a farra continua com um Pinot Grigio italiano e camarões com palmitos... depois eu conto como ficou...

E as promessas? Bom todos sabem que eu procuro passear pelo mundo do vinho nos meus posts, não tenho o objetivo de beber vinhos bons e baratos, mas sim de conhecer o que se produz em lugares que não são tradicionais ao nosso consumo, quero dizer ao consumo do brasileiro. Neste ano vimos vinhos gregos, portugueses da região do Dão, espanhóis da Galícia em breve um da Navarra, além de cepas que não são tão comuns como a Trincadeira ou a Chenin Blanc e também muitos brancos, já que o consumo do brasileiro é majoritariamente de vinhos tintos.

Não perderei esse objetivo, mas tentarei vinhos com preços limitados a R$ 50, não dá para beber vinho europeu, norte americano ou australiano, de boa qualidade muito abaixo disso, mas posso encontrar algo interessante nessa faixa de preços e vou procurar! Quanto aos vinhos sulamericanos, vou trabalhar num patamar de preço menor, R$ 35. Com certeza pelos benefícios do Mercosul dá para encontrar vinhos legais nesta faixa de preços.

Para finalizar, apenas ressalto que isso não é uma regra, mas sim um objetivo.

Forte Abraço!

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Então é Natal...

Um Feliz Natal a todos!!!

Ontem dia 24 aconteceu a esperada ceia!!! Um verdadeiro evento gastronômico aqui na minha família... tinha bacalhau, penne a carbonara, Perú (é lógico e indispensável), salpicão, risoto de pêra com gorgonzola, fora as sobremesas... frutas, mousse de damasco, sorvete de creme caseiro com calda de chocolate... tudo muito bom e delicioso!

Como eu gosto de vinhos, a micelânia enogastronômica estava armada!!! Um Cava Espanhol Don Román Brut para iniciar as atividades, 11,5% de álcool, equilibrado, porém de acidez marcante e muito aromático, que bouquet! Não tomei anotações, só sei do álcool porque tem uma outra garrafa fechada e estou olhando para ela, a propósito as uvas são: Macabeo, Xarello e Parellada.

Ainda tivemos uma opção de Gewurztraminer da Alsácia, era um 2005, Domaine Paul Blanck, de cor amarelo palha com reflexo dourado, o vinho é aromático, mel e flores, na boca a untuosidade do mel se confirma junto com as frutas brancas e o pêssego. Todo conjunto é harmonioso! Um belo vinho! O melhor da noite natalina...

Com o bacalhau optamos por um Chardonnay chileno, mas a madeira excessiva no corpo do vinho me desapontou. Era um Casas del Bosque Chardonnay 2006, são 06 meses de estágio em carvalho francês de primeiro uso. O vinho com o corpo sobressaltando na boca, um vinho intenso, forte. Mas não deu muito certo com o bacalhau. Não gostei.

Sempre tento com bacalhau beber um Chardonnay com estágio em madeira, mas acho que não estou sendo feliz com essa combinação, vou voltar aos tintos do Alentejo para este prato. Por outro lado meu pai gostou muito desta combinação. Achou o vinho "esplêndido".

Servimos um tinto, leve é claro, optamos pelo Trincadeira 2006 da Adega de Pegões, que você já conhece de um outro post, é só clicar e relembrar.

E hoje a comilança continua... é dia de churrasco! Acho que um malbec argentino para desentoxicar... risos

Mais uma vez: Feliz Natal!!!

Forte Abraço

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Os Melhores de 2008

Aproveitando a minha abstinência, termina amanhã, decidí fazer um post com os melhores vinhos que bebí neste ano. Não é uma grande base, uma grande amostra, pelas minhas contas foram aproximadamente cerca de 250 rótulos que experimentei ao longo do ano, mas é uma lista que pode ajudar você leitor a fazer boas compras, mas nem sempre a baixo preço...

Dividí os melhores da seguinte forma, 03 tintos, 03 brancos, 02 rosés, 01 sobremesa e 01 espumante, formando assim o meu Top Ten. Nao existe ordem de melhor ou pior.

No final ainda tem mais uma lista de quatro rótulos nacionais que valem a pena!

Forte Abraço! e Confira abaixo!

Tintos:

Primitivo di Manduria 2005 - Vini Farnese - Itália - Uva: Primitivo - Preço: R$ 165

Casa Rivas Maria Pinto Estate 2003 - Casa Rivas - Chile - Uva: Corte de Cabernet Sauvignon e Syrah - Preço: R$ 100

Humberto Canale Gran Reserva Cabernet Franc 2003 - Bodega Humberto Canale - Argentina - Uva: Cabernet Franc - Preço: R$ 110

Brancos:

Gewurztraminer 2004 - P. E. Dopff & Fills - França - Uva: Gewurztraminer - Preço: R$ 82

Alta Vista Premium Torrontés 2007 - Alta Vista Wines - Argentina - Uva: Torrontés - Preço: R$ 38

Saint Clair Sauvignon Blanc 2007 - Saint Clair Estate Wines - Nova Zelândia - Uva: Sauvignon Blanc - Preço: R$ 67

Rosés:

Crios Rosé of Malbec 2007 - Suzana Balbo - Argentina - Uva: Malbec - Preço: R$ 40

Melipal Malbec Rosé 2007 - Bodega Melipal - Argentina - Uva: Malbec - Preço: R$ 27

Sobremesa:

Tabalí Late Harvest 2006 - Tabalí - Chile - Uva: Moscatel Rosada - Preço: R$ 45

Espumante:

Salton Brut Reserva Ouro - Salton - Brasil - Uva: Corte de Chardonnay, Pinot Noir e Riesling - Preço: R$ 27

Os melhores Nacionais:

Quinta do Seival Castas Portuguesas 2004 - Miolo - Uva: Corte de Alfrocheiro, Touriga Nacional e Tinta Roriz - Preço: R$ 50

Gran Reserva 2002 - Don Laurindo - Uva: Corte Ancelotta e Tannat - Preço: R$ 100

Volpi Sauvignon Blanc 2008 - Salton - Uva: Sauvignon Blanc - Preço: R$ 40

Fortaleza do Seival Pinot Grigio 2006 - Miolo - Uva: Pinot Grigio - Preço: R$25

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Salton Reserva Ouro

Este mês de dezembro a Confraria Brasileria de Enoblogs escolheu fazer um post no dia 15 (ontem) sobre um espumante. A escolha do espumante era livre. Eu escolhi este Salto, respeitado e premiado, além de ter sido um presente de pessoas muito estimadas para a minha pessoa.
Mas nos últimos dias tive um problema, um pequeno percalço de saúde me fez tomar determinado medicamentos que me proíbem o consumo do álcool, quem nunca tomou um antibiótico? Portanto não o degustei ainda com a requerida atenção. Mas a Ivania, por coincidência, escolheu o mesmo espumante, clique sobre o nome dela ou no título do post e aproveite para conhecer já este vinho e este interessante blog.
No fds estou de volta as atividades e pretendo postar as minhas impressões!
Forte Abraço!

sábado, 13 de dezembro de 2008

Notas de Degustação: Lágrimas

Vamos a mais um Notas de Degustação, neste post comentarei um pouco a respeito das chamadas "lágrimas" que um vinho pode ter. Mas antes vamos relembrar um pouco o processo de degustação. Ele acontece em três partes: análise visual, análise olfativa e análise gustativa. Na primeira parte, análise visual, quando observamos o vinho atentamente encontraremos as lágrimas.

As lágrimas demonstram o álcool do vinho, o grau alcóolico do vinho. Normalmente vinhos mais alcóolicos possuem bom corpo e isso agrada o paladar da maioría hoje em dia.

Elas surgem quando agitamos ligeiramente a taça, de forma circular, após um momento de espera, no qual o vinho retorna ao fundo da taçae repousa, as lágrimas se precipitarão das paredes da taça. Quanto maior a quantidade de lágrimas e mais lentamente elas descerem pelas paredes maior o grau alcóolico do vinho.

Um lembrete importante, taças com bojo maior que a boca facilitam as análises que fazemos durante a degustação, mas obviamente não são obrigatórias.

A análise das lágrimas pode ser considerada inútil por alguns pois o rótulo costuma trazer o grau alcóolico do vinho. Mas, para alguns loucos como eu, é fascinante, pois muitas vezes fazemos a degustação "as cegas", sem saber de fato qual vinho estamos bebendo dos quais selecionamos para aquela oportunidade... e aí fica bem divertido tentar descobrir qual é o vinho. E as lágrimas ajudam bastante, pois como sempre tem uvas com mais açúcar que por consequência produzem vinhos mais alcóolicos.

Finalmente, como dizem os portugueses: "se o vinho não chora, choro eu!"

Forte Abraço!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Viña Costeira 2007

Branco, Treixadura(62%), Torrontés(24%), Loureira(4%), Godello(4%) Albariño(6%)

País: Espanha - Galícia

Viño Ribeiro

Preço: R$ 55

Primeiramente, confira o site do produtor! A propaganda do Viña Costeira é no mínimo convencida. Mas é difícil de não gostar de um vinho como esse. Conheci o Viña Costeira 2007 através da Sociedade da Mesa, o qual foi comercializado por melhor preço, R$ 33,50!

É produzido na Galícia, terra de bons vinhos brancos e raros bons tintos. Há de se dizer que para alguns, poucos é verdade, os brancos da Galícia são os melhores da Espanha. Como não experimentei um Rueda ainda, não posso falar, mas este aqui é muito bom e está entre os melhore brancos espanhóis que bebí. Uma curiosidade na Galícia os vinhos são bebidos em taças de louça.

O Viña Costeira tem coloração amarelo palha com reflexos esverdeados, brilhante. As lágrimas são mais escassas, apenas 11% de álcool. Os aromas trazem as frutas brancas bem frescas, destaque para maçã verde e a pera, com pouco tempo na taça surgem os aromas florais, que são realmente encantadores.

Na boca um vinho leve como uma pena! Com boa acidez e correta, álcool equilibrado e final prazeroso. Este vinho apresenta na boca um toque untuoso bem leve, diferente daquela "manteiga" que alguns chardonnay's são. Ficou bem interessante.

É um companhia perfeita e deliciosa para um final de tarde preguiçoso, especialmente nesse verão quente que está pintando. Pode serví-lo com porções de queijos leves, palmitos e patês.

Este vinho pode ser uma alternativa a um Espumante num coquetel, pela leveza e boa acidez

Forte Abraço!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Duetto Pinot Noir/Syrah 2008

Tinto, Corte Pinot Noir e Syrah

País: Brasil

Casa Valduga

Preço: R$ 23

Este é o segundo vinho nacional que avalio, produzido na serra gaúcha. É um vinho simples e sem madeira. Ao estilo brasileiro as tão combatidas "notas verdes" infelizmente estão presentes.

Na taça cor rubí com reflexos violáceos e já com halo aquoso aparente, o que é ruim, as lágrimas são muitas e de espessura fina. Os aromas são frutados, frutas vermelhas com um toque de ameixa.

Na boca o corpo é leve com boa acidez e taninos rústicos. O álcool está equilibrado e o amrgor é presente, o retro-olfato traz o fruto vermelho e o final é curto

Talvez com comida melhore, mas não pode ser nada muito pesado, talvez uma tábua de queijos leves.

Forte Abraço!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Fortaleza do Seival Tempranillo 2006

Tinto, 100% Tempranillo

País: Brasil

Miolo

Preço: De R$ 18 a R$ 25

Este vinho foi tema da Confraria Brasileira de Enoblogs em outubro, eu ainda não era blogueiro e não participava. Este vinho está na minha adega há praticamente um ano, e não tinha intenção de comentá-lo, mas como ví alguma controvérsia, discordâncias nos posts dos confrades mudei de idéia.

Este vinho vem da Campanha Gaúcha, região de grande esperança para nós enófilos brasileiros. Muito próxima do Uruguai e dentro dos chamados paralelos do vinho, basicamente regiões que são propícias para o cultivo da uva, com características como amplitude térmica, noites frias e dias quentes. As vinhas da Miolo nesta região tem mais de 30 anos. Esses dois fatos aliados nos dão a esperança de grandes vinhos nacionais e a bons preços. Em breve farei um "Notas de Degustação" a respeito dos paralelos para melhor compreensão.

A Tempranillo é uma das uvas emblemáticas da Espanha, muito presente na Rioja e na Navarra, normalmente faz vinhos de muita longevidade.

Sobre o vinho tem coloração rubí com reflexos violáceos e halo aquoso já aparente denotando evolução. As lágrimas são abundantes e de espessura fina, demonstrando o grau alcóolico elevado.

Os aromas remetem a frutas negras maduras, especiarias e algo de madeira que não consegui identificar. Os aromas tem persistência moderada, em que pesem não sofrerem alterações, as frutas se fortalecem com o tempo.

Na boca apresenta corpo bom, mas sem grande estrutura, boa acidez e leve amargor. Os taninos e o álcool podem evoluir. Os taninos estão um pouco verdes e a sobra de álcool aparece dando aquela queimadinha na garganta. Os retrogostos são herbáceos, quase vegetais. O final é razoável.

Foi com pizza e acompanhou bem, as pizzas eram leves (marguerita e cogumelos), dá para dizer que melhorou com a comida.

É um vinho bom, mas não é uma boa compra, nessa faixa de preço temos melhores opções argentinas e chilenas, mas nacionalmente falando, com certeza é uma boa compra, se vc conseguir encontrar por menos de R$ 20 então... é possível.

Forte Abraço!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Crios Rosé of Malbec 2007

Rosé, 100% Malbec

País: Argentina

Domínio del Plata - Susana Balbo

Preço: De R$ 35 a R$ 40

Outro rosé argentino, outro rosé de Malbec. Susana Balbo tem "nome" no mundo do vinho, é respeitada, é a Enóloga presidente do projeto "Wines of Argentina" e esteve em Campinas recentemente apresentando-o numa degustação promovida pela ABS-Campinas. Ela considera que "o vinho está vinculado à cultura, à gastronomia e ao bom viver." Como nós, uma apaixonada!

O Crios Rosé é um vinho reconhecido por sua qualidade e vem ganhando premiações e boas notas, na edição atual da Adega (número 37) está bem pontuado e com o selo de Best Buy, a Gula elegeu como o "Rosé do ano", para ficarmos no Brasil.

É um vinho vermelho vivo, brilhante e translúcido, uma cor fascinante! Chorão, tem muitas lágrimas finas, denotando os 13,8% de álcool. Outro ponto é que o halo aquoso já aparece e é visto facilmente, indicando bom momento para o consumo.

Os aromas remetem basicamente a frutas vermelhas maduras, característica incomum a um rosé, normalmente essas frutas são frescas, admito que essa característica empolgou! No nariz ainda tive uma sensação forte de groselha e algo floral, muito gostoso e com boa persistência aromática.

Na boca a empolgação se confirmou com um vinho fresco e equilibrado! O álcool totalmente domado, a acidez é boa e correta, o corpo é médio e sem amargor, definitivamente um vinho surpreendente. Os aromas de boca e retro-olfato trazem as frutas vermelhas maduras dando ao vinho um final adocicado. Aliás esse final me chamou a atenção, por ser um rosé, é muito persistente, com certeza um final longo para esse tipo de vinho.

Depois disso tudo apenas reforço que deve ser consumido de imediato! Assim, nesta exuberante juventude, como diz o contra rótulo.

Harmonizou elegantemente com um aperitivo de linguiças de frango. Também acho que com patês ficará bom, especialmente se forem de gorgonzola e azeitonas pretas, deve ficar sublime.

Superou o Melipal Malbec Rosé, que eu havía dito como o melhor rosé do Novo Mundo que bebí este ano. Este vinho merece todos os elogios!

Fica aqui ainda uma crítica as pontuações que recebe, sempres inferiores a 90 pontos, o que mais se quer de um rosé? É lógico que não é perfeito (100 pts), mas exigir mais dele é transformá-lo num tinto, e não é o seu propósito. 4 taças para ele e com louvor!

Forte Abraço!

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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Notas de Degustação: Taninos

Este final de semana que passou foi muito especial! Meu grande amigo Faber se casou com a minha grande amiga Heloísa, foi uma festa linda! E ainda fui honrado com a oportunidade de ser padrinho de pessoas tão estimadas.
Como foi em São Paulo, passei o fds na casa de outro estimado casal de amigos, Gugu e Fernanda, que se casaram recentemente e me honraram com o convite para padrinho também. Foi a primeira vez que visitei o apto e fui brindado com um magnífico risoto de funghi no jantar de sexta, acompanhado das excelentes cervejas Eisenbahn, o mundo não é só vinho... Isso para não falar no Brigadeirão de sobremesa... Que delícia!
Conversando com meu amigo sobre este blog e possíveis melhorías, descobrí algo que me chamou atenção, ele não sabía o que eram lágrimas nem taninos. O que me faz perceber que a cultura do vinho em nosso país é de fato mínima, para não utilizar um termo mais pesado. Das lágrimas falarei em outro post.
Os taninos são percebidos na análise gustativa, ou seja quando bebemos o vinho. Trazem aqulea sensação comum a frutas verdes, o "amarrar". Quando comemos uma fruta verde reclamamos que ela "trava" a boca, amarra, a ponto, em casos extremos, de não conseguirmos terminar de comê-la.
No vinho essa sensação define muitas vezes a qualidade do vinho, quando o tanino está ruim, quando o vinho amarra de forma a trazer um desconforto, classificamo-os como um tanino verde e o vinho como ruim.
Quando esta sensação é prazerosa, gentil, enfim quando a "amarrada" é gostosa, é possível, acredite, chamamos os taninos de maduros. Mas eles podem melhorar... sendo classificados como redondos, finos, finíssimos e o delicioso veludo. Há alguns que falam ainda em taninos doces, isso surge geralmente quando a carga tânica é pequena e os taninos são prazerosos, redondos, aliados há algum retrogosto doce.
Um vinho pode ter ainda muito ou pouco tanino. Isso depende basicamente da uva, existem uvas com cargas tânicas menores, como por exemplo a Trincadeira, Bonarda, Merlot e a Pinot Noir. Normalmente vinhos com carga tânica de razoável para pequena tem uma longevidade menor. Sempre há exceções que confrimam a regra. Malbec, Cabernet Sauvignon, Primitivo, entre outras são uvas de carga tânica elevada.
Perceberam que citei apenas uvas tintas? Os taninos vem da casca da uva, tem na semente também, mas estas não passam pelo processo de vinificação. Nos vinhos tintos as cascas passam, já nos brancos as cascas não fazem parte e portanto os vinhos brancos não tem taninos. Bom, a gente sabe que pra toda regra tem exceção, já sei de vinhos brancos onde as cascas passam por uma suave prensagem, para uma maior extração, esses vinhos brancos podem ter taninos, mas a quantidade é tão pequena que passa despercebida...
Os taninos são os principais responsáveis pelos benefícios que o vinho traz a saúde, logo concluímos que apenas os vinhos tintos fazem bem a nós seres humanos.
A sensação de amarrar do tanino ainda tem o nome "técnico" de Adstringência.
Forte Abraço!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Château Bel Air 2005

Tinto, Corte de Merlot e Cabernet Sauvignon

País: França

Petit Châteaux - Bordeaux

Preço: R$ 45

Para os "francóticos" de plantão! É meu pai... esse é para vossa senhoría. Um Bordeaux! Só que de Superieur, como diz no rótulo, ele não tem nada! É um vinho simples.

Isso não quer dizer que seja ruim, apenas simples. Como todos os vinhos franceses preza pela elegância, apenas 12% de álcool.

No visual temos uma cor rubí translúcida e brilhante. As lágrimas são finas e em pouca quantidade. Os aromas trazem a grande virtude deste vinho: frutas! vermelhas e frescas, acompanhadas de notas de especiarias e menta.

O corpo é médio, os taninos estão redondos, porém em quantidade apenas razoável. Tem boa acidez e leve amargor. Um retrogosto de fruta com toque herbáceo. O final é intrigante pois é ligeiro mas prazeroso! Um vinho aceitável, honesto!

Apesar da pouca complexidade, uma boa opção, especialmente, para os "francóticos".

Forte Abraço!

Obs.: "Francóticos" são os admiradores do vinho francês com forte ímpeto para defendê-lo como o melhor do mundo...

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Argento Reserva Bonarda 2007

Tinto, 100% Bonarda

País: Argentina

Argento Wine Company

Preço de R$ 20 a R$ 30

Este é o vinho do mês da Confraria Brasileira de Enoblogs, foi selecionado pelo curitibano Leonardo do Viva o Vinho! Não encontrei o vinho em Valinhos, Campinas ou Jundiaí. Como estava de viagem marcada para Curitiba, para visitar meus familiares, não me preocupei muito.

Em Curitiba fui dureto na Cave del Rey, onde sempre fui muito bem atendido pelo Ismael. Não tinham o vinho. Pensei comigo, vou para o Mercado Municipal, paraíso dos amantes da gastronomia e do vinho, se não encontrar em uma das inúmeras adegas que tem lá, vai ficar difícil. Antes parei no Mercadorama Juvevê, supermercado com uma adega bem legal, mas não tinha também...

No Mercado Municipal encontrei em algumas lojas os preços rondavam R$ 20, comprei por R$ 19,90. Fiquei satisfeito. Depois cheguei a ver até por R$ 30... E incríveis R$ 17,60 na Família Farinha, uma das melhores padarias,confeitarias e café que tem em Curitiba. Lá tem uma adega razoável, quando bati o olho nos R$ 17,60, fiquei triste, mas o Melipal Rosé a noite resolveu essa tristeza momentânea.

Depois conversando com o Rafael (De Vinho em Vinho...) e o Alexandre (Diário de Baco), ambos não encontraram o vinho em Campinas também. Começamos a chamar o Argento de lendário... risos... Enfim acabamos bebendo o lendário juntos.

A Bonarda é uma uva com origem no Piemonte, Itália. É muito cultivada na Argentina, sendo a segunda em consumo por lá, quando falamos de vinho tinto. Até pouco tempo existiam mais vinhedos de Bonarda que de Malbec na Argentina, fiquei pasmo quando li esta informação no guia Descorchados 2008 de Patrício Tápia.

Assim como a Trincadeira, uva do último post, a Bonarda também tende a fazer um vinho "feminino" com pequena carga de taninos e bem agradáveis. É um vinho para harmonizar com massas leves e molhos simples (ao Sugo, coisas do tipo), aves e grelhados. Se você é como meu grande amigo Farache e não gosta de vinho branco, primeiro que Deus te perdoe! risos... Mas você podería beber este com peixe, desde que sejam os gordos (como Pintado ou Salmão) e/ou fritos. Já com os peixes brancos e delicados acho que não dá, mas se não tiver alternativa... Pode tentar.

O lendário é um vinho de cor rubí com reflexo violáceo e chorão! Os aromas remetem a frutas vermelhas e negras frescas, com muita especiaria, principlamente pimenta, conforme fica na taça, os aromas de baunilha e chocolate surgem preguiçosos. Este vinho estagia 09 meses em barricas de carvalho, mas a madeira está bem integrada e discreta.

Na boca o vinho tem corpo de leve para médio, acidez moderada e álcool equilibrado. A carga tânica é pequena e redonda resultando num final apenas razoável e doce.

Um vinho para momentos de descontração e com os amigos principalmente no famoso "Queijos e Vinhos".

Forte Abraço!

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sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Adega de Pegões Trincadeira 2006

Tinto, 100% Trincadeira,

País: Portugal

Adega de Pegões

Preço: R$ 70 - comprei por R$ 35 pelo Clube

Se os vinhos de Tannat são ditos masculinos, pela grande carga tânica que possuem, podemos dizer que um Trincadeira é feminino, pois possuí uma carga tânica gentil e relativamente pequena.

Este vinho foi trazido ao Brasil pela Sociedade da Mesa, clube de vinhos tintos do qual participo. Neste tipo de modalidade de compra existe um ou mais profissionais selecionando os vinhos, estes serão entregues mensalmente na casa dos associados. Os conceitos para seleção dos vinhos podem variar de clube para clube, no caso da Sociedade da Mesa há uma idéia de preço objetivo de R$ 35! Este clube tem a direção do Sr Dario Taibo, que está de parabéns pelas seleções que vem fazendo.

Enfim, o vinho de hoje acredito ser uma importação exclusiva, pois não o encontro para comprar em local algum ou apenas em sites europeus. Deste, segundo o site do produtor, foram feitas apenas 7.000 garrafas. Aliás o produtor foi eleito a melhor cooperativa vinícola de Portugal em 2006, mais um privilégio. Conste ainda que são 06 meses de barris de carvalho francês e americano e mais 04 meses de garrafa antes da comercialização.

Visualmente o vinho é rubí, sem reflexos e brilhante. As lágrimas são finas e em boa quantidade, denotando o álcool. No nariz os aromas remtem as frutas negras e passas, além de especiarias. Com tempo na taça o vinho apresenta uma lembrança herbácea e de chocolate.

Na boca o vinho desce fácil, é redondo. Acidez boa equilibrando o álcool, corpo médio e taninos saborosos e gentis, porém em quantidade pequena. A madeira está bem integrada ao conjunto e, também, é bem discreta. Nos aromas de boca e retrogosto as frutas negras se confirmaram dando ao vinho um final doce, gostoso, porém de ligeiro para médio.

Acredito que com massas de molhos simples e grelhados sempre é uma boa opção.

Uma boa oportunidade para conhecer esta uva! Pela delicadeza, uma boa alternativa aos Merlot e Pinot Noir que bebemos quando queremos vinhos tintos mais leves. Ainda bem que tenho outras duas garrafas...

Forte Abraço!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Notas de Degustação: O Halo Aquoso.

Em função de compreender que a degustação de um vinho não é um exercício habitual do brasileiro e ouvindo o comentário do meu grande amigo Faber, decidi explanar um pouco sobre a degustação.

A idéia é falarmos um pouco sobre o que podemos identificar no processo de degustação e desmistificá-lo! Afinal vocês perceberão que as coisas não são tão complexas como parecem. Aos poucos passarei os "segredos" da degustação, hoje falaremos do halo aquoso. O que é isso? Qual sua importância?

A degustação nada mais é que prestar atenção as sensações que temos ao beber o vinho. É dividida em três partes: visual, olfativa e gustativa. Tem como objetivo básico reconhecer as qualidades e deficiências que um vinho pode ter.

Dois detalhes importantes: boa luminosidade e uma toalha branca são fundamentais para uma boa análise visual. E é nesta fase que identificamos o tal halo aquoso.

Quando inclinamos a taça levemente para frente o halo aquoso pode ser identificado. Se prestarmos atenção a borda poderemos ver que o vinho termina antes do que devería... digamos que após o término do líquido escuro ainda temos um bordinha de água, ok? Esta borda de água é o halo aquoso.

Quando o halo é pequeno ou inexiste, temos um sinal que o vinho é jovem, se você tem uma outra garrafa pode gaurdá-la por um período que o vinho permanecerá bom. Quando o mesmo halo é presente e grande (meio centímetro digamos) o vinho está em sua maturidade e deve ser consumido o mais breve possível.

Alguns vinhos podem perdurar com um halo desenvolvido, a maioria não. Outros vinhos mesmo sem halo desenvolvido devem ser consumidos em sua juventude, principalmente os que não passam por madeira, foram feitos dessa maneira, o Enólogo tinha esse objetivo.

Finalmente o halo é sempre uma boa referência sobre o momento/idade do vinho. Procure observá-lo, você terá mais dificuldade em reconhcê-lo nos vinhos brancos.

Forte Abraço!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Degustação: Premium Wines

Na última quarta-feira (19) estive na Excelência Vinhos, distribuidora na região de Campinas, a convite dos amigos Valter, Silnei e Ana, para uma degustação de vinhos da Premium Wines, importadora de Belo Horizonte que meus amigos representam.

Foi um final de tarde e início de noite muito agradável, o mundo do vinho tem essa qualidade fantástica. Oportunidade para rever amigos e conhecer novas pessoas. E ainda beber pudemos vinhos da Premium! Esta importadora, pra mim, sempre foi sinônimo de qualidade, traz excelentes vinhos, especialmente da Nova Zelândia, França e Chile. Que continuem assim. Tive o prazer de conhecer a Jussara, com a qual já tinha comprado via net (e-mail) os fantásticos Chateauneuf de Pape Font de Michelle 2004 e Chateauneuf de Pape Blanc Clos des Papes 2006.

Foram apresentados dez vinhos, três brancos e sete tintos. Sendo três franceses, três chilenos, dois neozalandeses e dois argentinos. Gostaría aqui de explanar sobre os dez, mas ficaría cansativo, portanto vou passar por quatro deles. Mas quero dizer que, se pudesse, compraría uma caixa de cada um dos dez vinhos!

Primeiramente um branco, neozalandês, Jackson Estate Sauvignon Blanc 2006. Quando compro um Sauvignon Blanc sempre opto pela safra mais recente, porque a principal característica dessa uva é a acidez, ou seja com o tempo um sauvignon blanc perde sua principal característica. Não é o caso desse! O vinho ainda estava com muito frescor (consequência da boa acidez), maravilhoso. Os aromas de frutas cítricas e a marca registrada da Nova Zelândia, um aroma não muito agradável, que é conhecido no meio por "pipi de chat" ou em português claro: xixi de gato! Não se assutem, essa, digamos, sudorese que encontramos não atrapalha. Na boca um frescor marcante, com bom equilíbrio e final pronunciado. Vamos aos tintos?

Pois não! Primeiramente o Mil Piedras Malbec 2006, argentino, diferente do que estamos acostumados, este Malbec não preza pela potência, mas sim pela elegância. Os aromas remetem a frutas mais passadas e muita madeira, couro, baunilha, etc. Na boca temos boa acidez, taninos finos, álcool equilibrado e corpo médio. Essa última característica que faz deste Malbec tão diferente. Percebemos que esta uva é versátil e talvez, pelo pouco que conheço, essa versatilidade não esteja sendo tão trabalhada.

Seguindo em frente chegamos ao chileno Falernia Syrah 2006, vinho do Valle del Elqui, já ouviu falar do Valle del Elqui? Região chilena tradicional na produção de uvas brancas para o Pisco. Esta região é semidesértica, com boa variação de microclimas e diversidade geográfica; Oceano Pacífico de um lado, Cordilheira dos Andes do outro e "acima" o deserto do Atacama. a Viña Falernia foi fundada em 1998. Mas... e o vinho? Ah! Rubí escuro, chorão e com aromas de frutas frescas e especiarias. Na boca potência e equilíbrio. Carga tânica elevada porém fina. Final para lá de satisfatório.

Finalmente outro chileno, o Casa Rivas Maria Pinto Estate Syrah/Cabertnet Sauvignon 2003. Foi o que mais me agradou. 55% de Syrah e 45% de Cabernet, 12 meses de carvalho francês, oriundo do Valle del Maipo. Após quase seis anos de sua colheita apresenta uma cor rubí com reflexos violáceos e halo aquoso inexistente. Com grande complexidade aromática, destaque para a goiabada! É... quando alguém me disse que um vinho podería ter este aroma, eu também achei que era um placebo. Ainda bem que o Casa Rivas acabou comigo, porque este aroma é delicioso! Na boca grande estrutura e equilibrada, muitos taninos doces e gentis, a boca fica aveludada! E o final? Ainda posso sentir... longo, duradouro... Acho que pode ficar um bom tempo na garrafa ainda, até mesmo uma década. Resultado: comprei duas garrafas!

Gostaría de agradecer mais uma vez a Excelência Vinhos por me fazer este convite. Valeu muito! Esperarei por outros, mas sem a menor pressa.

A Excelência trabalha com os portugueses do Esporão e a Quinta do Crasto, os chilenos Tarapacá, Ventisquero e os surpreendentes Anakena, os argentinos da Alta Vista, os sulafricanos da Out of Africa dentre tantos outros rótulos de destaque e reconhecida qualidade, ao todo são dez importadores que representam. E ainda tem alguns dos melhores azeites de oliva que já provei.

Vale a ligação, pois são de longe o melhor atendimento que já tive em Campinas e região. Converse com a Ana: 19 3294-9594.

Forte Abraço!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Degustação: Cabernet Franc!!!

Ontem foi uma noite muito bacana, recebi em minha casa os amigos Alexandre (Diário de Baco) e Rafael (De Vinho em Vinho) acompanhados de suas mulheres, para um degustação de vinhos 100% Cabernet Franc.

Sempre tive muita curiosidade em relação a esta uva, tinha lido e ouvido falar de sua gama aromática e do toque herbáceo que possuí. Selecionei três vinhos ao longo do tempo para conhecê-la, e achei oportuno ter meus amigos "blogueiros" desgustando os vinhos e comentando as impressões que cada um teve.

O que espero de um Cabernet Franc hoje é: diversidade aromática, corpo médio e com razoável carga tânica, característica comum aos três vinhos que degustamos.

Em termos de harmonização, pensarei sempre em cortes de carne, especialmente as fibrosas, como a Fraldinha. Carnes cozidas, ensopadas, acompanhadas de molhos estruturados e embutidos. Pode ainda acompanhar peixes gordos.

Degustamos um francês do vale do Loire, elegante, um chileno da parceria da Miolo, potente, e um argentino, Patagônia, o melhor na minha opinião. Vamos ao primeiro:

Domaine Chupin 2004 - Vale do Loire - França - Preço: R$ 50

Cor: Rubí translúcido com reflexos atijolados, poucas lágrimas.

Aromas: Inicialmente frutas vermelhas frescas e especiarias, passando por caramelo, defumado e um "tostado" marcante.

Boca: Equilibrado, o mais elegante dos três vinhos, de corpo médio com boa acidez, equilibrada ao álcool e com carga razoável de taninos finos. O retrogosto é frutado e o final é satisfatório.

D.O. Cabernet Franc 2004 - Chile - Valle del Maule - Preço: R$ 54

Cor: Rubí escuro, opaco, halo aquoso inexistente e "chorão".

Aromas: Frutas negras e passas são sua primeira marca, percorre as especiarias aliadas especialmente a menta e, por fim, alcança a madeira com destaque para a baunilha e chococolate.

Boca: O maior corpo e carga tânica da noite, potente, ao estilo Novo Mundo. Sobra álcool, mas não incomoda pela estrutura e acidez que o vinho apresenta, ainda tem um leve amargor gerando um contraste interassante. O retrogosto remete a frutas negras, o final é longo, belo! Pode melhorar com mais um ou dois anos de garrafa.

Humberto Canale Gran Reserva Cabernte Franc 2003 - Argentina - Patagônia - Preço: R$ 105

Cor: Rubi translúcido com refelxos atijolados, "chorão". Halo já desenvolvido.

Aromas: As frutas já não estão mais presentes, o herbáceo salta ao nariz, acopanhado de especiarias, baunilha e um terroso, desenvolve para o chocolate. Não decantamos, mas merecía...

Boca: É um veludo! Está redondo! Carga tânica grande e finíssima, corpo médio, boa acidez, álcool equilibrado e sem amargor. Retrogosto herbáceo, 06 anos de idade e ainda é fresco. Final longo, persistente, o melhor da noite!

E para finalizar: Um brinde a amizade! Plageando um amigo...

Forte Abraço!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Degustação de Risotos

Neste final de semana que passou fui a Cantina Amarone em Campinas. Fica localizada no Cambuí e tem um clima para lá de italiano, tanto na decoração como na música ambiente.
Estão com uma opção interessante no cardápio: Degustação de Risotos, a R$ 30 por pessoa. São 06 risotos ao todo, e vá com fome, porque é bastante comida, sugiro dispensar o couvert, vai ficar mais fácil chegar ao final da degustação.
Destaque para o de Uva Thompson com Queijo Brie, o preferido da Val, e o Sarajó, combinação de aspargos, palmito e tomate. Ainda temos os tradicionais Zucchini com Tomate Seco, Piemontês, o agridoce e diferenciado Manga com Provolone a Milanesa e ainda o de Espinafre com Batata Palha. Vale a pena!
O ponto negativo da casa é a carta de vinhos, oferece poucas opções e de qualidade questionável, além da casa não possuir sequer uma adega climatizada.
Forte Abraço!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Escorihuela Gascón Viognier 2007

Branco, 100% Viognier

País: Argentina

Escorihuela Gascón

Preço: por volta de R$ 50

Um Viognier argentino, país que tem apresentado boas opções para esta uva. A vinícola é excelente, faz parte do grupo Catena Zapata, que dispensa apresentações.

O vinho é amarelo palha com reflexos esverdeados, límpido, brilhante e "chorão". Os aromas remetem a damasco e pêssego, um toque floral. Apenas 10% deste vinho passa por tratamento em barris de carvalho de segundo uso, não senti a presença de madeira nem nos aromas nem no paladar. Os demais 90% passam por aço inoxidável.

Na boca tem ataque "picante", pegando na ponta da língua, diferente e interessante, dá para entender porque sempre esta cepa é sugerida para acompanhar comida asiática, especialmente a culinária tailandesa. Possuí ainda bom corpo, destacada acidez e álcool equilibrado.

Para conhecer esta uva existem opções mais interessantes em termos de custo-benefício. Mas isso não faz deste vinho uma compra ruim, pelo contrário, é um Viognier com personalidade própria.

Forte Abraço!

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domingo, 16 de novembro de 2008

Alta Vista Premium Torrontés 2007

Branco, 100% Torrontés

País: Argentina

Alta Vista Wines

Preço: De R$ 35 até R$ 45

Você já bebeu um Torrontés? Está aqui a sugestão! Não sou fã desta uva, mas ontem a noite tive o prazer de beber este vinho com minha amada Val e com outros dois casais de amigos no restaurante Idalvo's, por indicação do estimado Lúcio.

Antes de comentar o vinho, fiz uma pesquisa rápida sobre este Alta Vista e descobri no site da Épice (importadora do mesmo) que estamos falando de um vinho premiado, duas vezes premiado! Foi Ouro Duplo no Hyatt Wine Awards de Mendoza, e Ouro no Concurso Mudial de Bruxelas.

Bom, falando do vinho, é amarelo com reflexo esverdeado, límpido e brilhante. Os aromas partem das frutas cítricas, com destaque para maracujá fresco e passam para os florais após algum tempo na taça, o jasmin aparece preguiçoso porém marcante.

Na boca uma explosão de frescor, perfeito para as noites de calor que o verão trará. O retrogosto cítrico está presente, mais uma vez o destaque é do marcujá acompanhado do limão. E o álcool? Equilibrado com todo o vinho.

Acompanhou perfeitamente a entrada de camarões rosas descascados cozidos na manteiga e no sumo de limão.

Acho que vou precisar de uma caixa deste Alta Vista para o verão... risos.

Forte Abraço!

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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Leon de Tarapacá Cabernet Sauvignon Rosé 2007

Rosé, 100% Cabernet Sauvignon

País: Chile

Viña Tarapacá

Preço: até R$ 30

Mais um rosé, leve e gastronômico é uma boa dica para quem é fã desses vinhos. Não sou um fã desta vinícola, mas acho que este rosé atende as expectativas. De um rosé sempre espero, fruta, frescor e leveza.

Tem uma cor vermelho claro, límpida, brilhante e translúcida, me encanta. Lágrimas na medida. O nariz é tomado por morangos, com algo floral que se desenvolve lentamente na taça. O corpo é razoável, com álcool e acidez equilibradas.

Para o meu gosto podería ter mais acidez, mesmo assim acompanha bem aperitivos e carnes brancas.

Vou cometer uma ousadia aqui, já que não sou nenhum profissional da área, a Alexandra Corvo que não veja ou leia, mas esse vinho fica bom com um prato não muito corriqueiro, mas que encontro aqui no interior... Filet de Pintado a Parmeggiana.

Forte Abraço!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Carmen Classic Chardonnay 2006

Branco, 100% Chardonnay

País: Chile

Viña Carmen

Preço: De R$ 30 a R$ 40

Como o calor chegou e parece que vai demorar para ir embora e este "blogueiro" não esconde sua preferência pelos vinhos brancos, temos aqui mais uma dica.

Este branco tem muito frescor e equilíbrio. De cor palha totalmente tomada pelo reflexo esverdeado. Apresenta boa evolução, já visível no halo aquoso desenvolvido.

O nariz é de abacaxi doce, delicioso, acompanhado de notas de frutas brancas e algo herbáceo. A evolução dos aromas na taça traz algo ainda mais doce, talvez um abacaxi em compota, é bárbaro, simplesmente elegante e maravilhoso.

Na boca excelente frescor devido a boa acidez, corpo médio, retrogosto herbáceo e álcool equilibrado.

Foi com um risoto de palmito acompanhado de Salmão grelhado, ficou bom...

Não tenho visto mais o 2006 nas prateleiras, mas pelo porte e qualidade da vinícola, duvido que o 2007 tenha qualidade inferior.

Forte Abraço!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Agiorgitiko 2004

Tinto, 100% Agiorgitiko

País: Grécia

Gaia Wines

Preço: De R$ 80 a R$ 120

Os vinhos gregos são mal vistos de uma maneira geral. São entendidos como pouco complexos. E é verdade, já tomei alguns que comprovam essa tese.

Aqui temos um diferente, uma exceção. É um bom vinho, com boa complexidade aromática. Vermelho rubi, sem reflexos. Com halo aquoso razoável, o que denota sua maturidade. Lágrimas abundantes e espessas.

Os aromas começam com frutas negras passas, passam por baunilha, balsâmico e terminam no chocolate, que é o aroma persistente na taça.

Passamos então a boca, depois de um bom nariz a expectativa que se cria é grande, porém na boca o vinho fica aquém do nariz. Isso não significa que o mesmo é ruim, pelo contrário, é bom, mas se espera mais após a análise olfativa.

É um vinho de corpo médio, com acidez equilibrada, carga tânica gentil e pequena, retrogosto frutado e final médio. Como disse bom, mas depois da complexidade aromática, eu esperava um final mais longo e "meio de boca" mais apurado.

Mesmo assim vale a compra! Podemos conhecer algo diferente dos tradicionais Malbec's, Cabernet's, etc. Afinal é um vinho interessante e original, eu daría 84 pontos para este vinho.

O preço incomoda, não é atrativo, com certeza o maior problema deste vinho.

Forte Abraço!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Melipal Malbec Rosé 2007

Rosé, 100% Malbec

País: Argentina - Mendoza

Bodega Melipal

Preço: R$ 20 a R$ 30

Sou fã dos vinhos leves, e por consequência dos rosés. Sempre me atraíram pela cor e pela facilidade que sentimos no palato ao degustar. Este é o melhor rosé safra 2007 do novo mundo que bebi até o momento. E com certeza o melhor custo-benfício!

Tem cor vermelho escuro translúcido, lindo! Bom halo aquoso e bastante chorão, denotando os 13% de álcool. No nariz o que se espera de um rosé, muita fruta vermelha, destaque para as amoras e framboesas.

De corpo médio e acidez correta, é um vinho equilibrado! Muito equilibrado, o álcool está domado e o retrogosto é maravilhoso, morangos. Final muito acima da média dos rosés, podemos considerá-lo longo!

Sugiro acompanhar com patês e ter muitas garrafas em casa, pois "escorrega" bem...

Forte Abraço!

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sábado, 1 de novembro de 2008

Latitud 33 Malbec 2007

Tinto, 100% Malbec

País: Argentina - Mendoza

Bodegas Chandon

Preço: De R$ 18 a R$ 25

Esta é a minha primeira participação na Confraria Brasileira de Enoblogs, e é com um Malbec surpreendente é feito pela Chandon Argentina. É surpreendente porque preza pela elegância e não pela potência como os demais.

Tem uma cor linda, rubi com reflexos violáceos. "Chorão" de lágrimas finas. Os aromas de frutas vermelhas frescas, destacando a ameixa, ainda acompanhadas por baunilha e caramelo. Há algo floral também.

Com "meio de boca" pleno e elegante, a acidez equilibrada com taninos agradáveis e leve desvio de álcool, que sobra um pouquinho, mas não incomoda. Final agradável e frutado. Muito bom para acompanhar risotos.

Excelente custo-benfício! Compraría outras garrafas, mas não as guardaría, é um vinho que deve ser bebido em sua juventude.

Forte Abraço!

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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Quinta do Cabriz Colheita Selecionada Branco 2006

Branco, Malvasia-Fina, Encruzado, Cerceal Branca e Bical

País: Portugal

Dão Sul - Sociedade Vitivinícola SA - Quinta do Cabriz

Preço: De R$ 18 a R$ 25

Temos aqui um branco interessante oriundo da "terrinha". Facilmente encontrado em supermercados, o Quinta do Cabriz tinto é um sucesso de vendas no Brasil, já foi tema até da Confraria Brasileira de Enoblogs.

Este branco da mesma linha é amarelo palha com reflexo esverdeado, lágrimas finas. Aromático, apresenta muita variedade, destaque para as notas florais e minerais. É um vinho leve e equilibrado com retrogosto herbáceo agradável e de final curto e prazeroso.

Compraría outras garrafas e acompanha bem saladas, principalmente se as mesmas tiverem algo untuoso, como palmito, Kami, tomate seco, etc.

Forte Abraço!

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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Uxmal Malbec 2006

Tinto, 100% Malbec

País: Argentina - Mendoza

Bodega Uxmal

Preço: De R$ 20 a R$ 30

Temos aqui um produtor de excelente custo-benefício. Já vi outros blogueiros comentarm vinhos da Bodega Uxmal e elogiando os mesmos. Este não foge a regra, um malbec argentino potente e característico.

Rubí com reflexos violáceos, chorão e de halo aquoso pequeno, este vinho tinge a taça. Tem aromas de frutas vermelhas frescas e notas de couro e carvalho, apenas 25% do vinho estagia em barricas durante três meses. Na boca bom corpo, acidez equilibrada, taninos na agradáveis e álcool na medida.

Mais uma prova que é possível se fazer um bom vinho a um bom preço. Ótima sugestão para o dia a dia, ainda mais com aquela pizza, pode ser de calabresa, ou alguma com catupiry. Outro prato que pode acompanhar tranquilamente é um filet a parmeggiana.

Forte Abraço!

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segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Villa Montes Sauvignon Blanc 2006

Branco: Sauvignon Blanc

País: Chile - D.O. Vale de Curico

Viña Montes

Preço: De R$ 25 a R$ 35

Sim! Não devemos guardar vinhos de Sauvignon Blanc, pois corremos o sério risco de perder a principal característica desta uva: a acidez! Pois é, mas esqueci esse na minha adega... e tive uma agradável surpresa!

De cor amarelo palha com reflexo dourado, lágrimas finas e o halo aquoso já está bem desenvolvido. O aroma predominante é o maracujá, seguido por abacaxi e demais frutas cítricas, mas a predominância do maracujá é facilmente notada e conforme deixamos na taça vai demonstrando mais força.

Este vinho leve apresenta retrogosto herbáceo com final agradável. A acidez não perdeu seu espaço e continua presente, o álcool está ajustado, temos assim um vinho equilibrado, fresco e prazeroso.

Neste momento ideal para aperitivos leves e salgadinhos. E com um preço justo!

Forte Abraço!

sábado, 18 de outubro de 2008

Fuzion Chenin/Chardonnay 2006

Branco: 70% Chenin Blanc - 30% Chardonnay

País: Argentina

Bodega Família Zauccardi

Preço : De R$ 18 a R$ 25

Este vinho pertence a linha "branca" da Familia Zuccardi, o bebi pela primeira vez em Jundiaí, no restaurante Toro há um ano aproximadamente. Uma oportunidade para se conhecer um pouco da Chenin Blanc, mais cultivada na África do Sul e na França.

Tem cor amarelo palha e já possuí reflexos dourados, o halo aquoso já demonstra evolução. As lágrimas são pequenas e o vinho "chora" pouco.

Os aromas são de frutas tropicais e frescas, com destaque para o abacaxi (contribução da Chardonnay, imagino) ainda se encontram notas florais.

O álcool está equilibrado com a boa acidez deste vinho leve. O retrogosto denota abacaxi e o final é satisfatório.

Um vinho interessante para aperitivos e peixes brancos, principalmente pelo custo-benefício que oferece.

Forte Abraço!

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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Luigi Bosca Reserva Syrah 2004


Tinto: 100% Syrah
País: Argentina
Bodega Luigi Bosca (Família Arizu)
Preço: de R$ 50 a R$ 70
Comprei este vinho há um ano na Tokay Vinhos no Gramado em Campinas. Ficou na minha adega por esse tempo, foi minha segunda experiência com um Syrah argentino, normalmente opto pelos australianos.
Apresenta coloração rubi sem reflexos, halo aquoso pequeno e é um vinho chorão! Muitas lágrimas denotando o grau alcóolico, 14,5%. Os aromas são de frutas negras passas, muita especiaria e toques de tabaco, defumado, balsâmico e menta. É um vinho encorpado, com taninos redondos e acidez correta. O álcool sobra um pouquinho, mas não incomoda. O retrogosto de fruta passa é muito agradável e o final é razoável.
Gostei! Compraría outras garrafas e acredito que tem potencial para ficar guardado por pelo menos mais dois anos.
Forte Abraço!