Inspirado numa certa mini série que passou (risos), experimentei nesse final de semana um espumante do Vale do São Francisco, gostei do resultado na taça, um belo custo-benefício.
A Vinícola Ouro Verde pertence a gigante Miolo, conhecida de todos nós, fica situada na cidade de Casa Nova no interior da Bahia, mais precisamente no Vale do São Francisco, rio que cede suas águas para o sistema de irrigação por gotejamento utilizado por lá.
A viticultura praticada na região é a conhecida por viticultura tropical e propicia duas colheitas por ano. A proposta da vinícola é produzir vinhos joviais, frutados e frescos.
Todos os espumantes são produzidos pelo método Charmat, a segunda fermentação ocorre nos tanques de aço, exceto o Terranova Moscatel que é elaborado pelo método Asti.
Bom, mas falando do Terranova Blanc de Blancs Brut, primeiramente um corte inusitado para o espumante, Verdejo, Chenin Blanc e Sauvignon Blanc, nenhuma delas é tradicional na elaboração de espumantes, mas o resultado foi muito bom.
Na taça perlage de boa intensidade, cor amarelo palha e aromas nada tímidos que remetiam a frutas tropicais frescas como abacaxi. Nuances de pêssego e talvez algo floral completavam o painel.
Na boca atendeu ao objetivo da vinícola, é jovem, é frutado e é fresco. Boa cremosidade com perlage, lembrança de fruta tropical e boa acidez. Final mediano mas agradável. Acompanhou bem o início do churrasco, pão de alho, linguiça e mussarela foram bons parceiros do Terranova.
Com certeza vale a experiência!
No site da Miolo a garrafa custa R$ 25 e ainda há opção de gfas de 250ml por R$ 12, uma bela compra.
Eu sou fã da Sauvignon Blanc, gosto demais da danada! A Brancaia é uma das vinícolas italianas que mais me agrada. E quando vi na RossoBianco, loja de vinhos aqui de Jundiaí, um Brancaia branco fiquei interessado, quando fiquei sabendo que a base era Sauvignon, comprei sem pestanejar.Como seria um Sauvignon Blanc na Toscana?
Um vinho muito agradável, aromático e elegante. Um Sauvignon que brilhou pela fruta tropical madura e nuances herbáceos mais singelos, sem toda aquela força e rusticidade dos neo-zalandeses ou chilenos.
Na taça cor amarelo palha, e na boca médio corpo, boa acidez, retrogosto confirmando as frutas tropicais maduras, ponta suavemente doce, foi muito bem com o fim de tarde de uma sábado acalorado...
Na mesa casou bem com Camarões ao molho de Laranja, Pimenta Rosa e Hortelã sobre uma cama de Purê de Mandioquinha (Batata Salsa).
Gira os R$ 80, vale cada centavo, mas não é um vinho barato...
Ah! Uma curiosidade, na Brancaia além da visita é permitido se instalar lá, que tal passar férias?
Já que eu tinha gostado do Toro Loco 2011 (relembre) e confesso que comprei este Cava do mesmo produtor por pura curiosidade, uma vez que está na faixa dos R$ 40 e compete então com Don Román e Freixenet e os bons espumantes tupiniquins que temos a disposição no mercado.
Mas o empurrão final para a compra foi mesmo o tema da CBE, que foi espumante escolhido pela Ale Esteves do blog Dama do Vinho. Meu post está atrasado, era pra 01/jan... peço desculpas!
Gostei deste Cava e acho que é ótimo para celebrar! Apresentou cor amarelo palha, aromas de frutas brancas e cítricas, como pera, pêssego e damasco, bem agradável ao nariz. Perlage muito intenso, corpo médio e acidez em alta. Retrogosto confirmando as frutas e perene.
Esse perlage intenso junto com a boa acidez formaram uma "mousse" muito interessante e gostosa na boca, conferindo uma certa cremosidade ao espumante, se assim posso dizer.
Como vêem gostei bastante deste Cava e sugiro que o aproveitem num dia de calor intenso.
Como os amigos que acompanham o blog sabem, no mês de dezembro rolou mais um Winebar, com a idéia de harmonizar Vinho & Música. Recebi dois vinhos o primeiro foi um espumante que harmonizei com Light my Fire (relembre).
O segundo foi este rosé, um dos meus preferidos diga-se de passagem, o Crios é um rosé de Malbec, é um rosé intenso, com aromas de frutas vermelhas maduras, moderada acidez, médio corpo e boa persistência.
Aqui em casa foi com uma refeição leve num jantar de fim de semana... Mas é um vinho que pode combinar com diferentes situações, harmonizar com pratos ou entradas, calor ou frio, é um vai com tudo que agrada fácil a todos.
Foi essa versatilidade, essa facilidade que me levou a escolher Diz que Fui por Aí como música para harmonizar, um samba que trata de um personagem, independente, que tem amigos em várias esquinas ou botequins. No fim ele volta, porém só quando a saudade o deixar.
Se o nosso andarilho tem um violão para lhe acompanhar, agora também já tem um vinho para levar debaixo do braço que vai agradar em todas as situações, como o Samba e o violão.
Por fim gostaria de parabenizar a Wines of Argentina pela ótima ideia.