Château Les Tuileries Entre-Deux-Mers 2010
Sempre estou postando muitos varietais de Sauvignon Blanc por aqui, é minha uva preferida, mas nunca tem um Bordeaux branco... o que eu ando fazendo? Passou da hora de corrigir este erro...
O Château Les Tuileries é um produtor que fica localizado na região de "Entre-Deux-Mers", porção de terra que fica dentro da "forquilha" que formam os rios Garonne e Dordogne, o mapa abaixo demonstra claramente.
Essa região produz a maioria dos vinhos tintos que compramos por aí com as denominações Bordeaux ou Bordeaux Supérieur, mas os vinhos brancos podem receber a Apelação "Entre-Deux-Mers" (entre dois mares), desde que seus produtores tenham respeitados as regras de rendimento e produção.
É o caso do nosso vinho de hoje, um branco produzido a partir de Sauvignon Blanc e Sémillon, típico da região, até didático, simples e aromático, um belo vinho por R$ 56.
Cor amarelo palha, já com leve reflexo dourado, ou seja, melhor desfrutar dele neste momento. Aromas com boa intensidade denotando o caráter herbáceo e cítrico da Sauvignon Blanc, mas com notas de frutas como damasco e pera, próprias da Sémillon.
Aliás os aromas da Sémillon ficam mais claros quando o vinho não está tão gelado, eu tenho preferido os brancos a temperaturas um pouco maiores, no balde eles ficam muito gelados e, na minha modesta opinião, perdemos possíveis nuances e sensações.
Na boca o ataque traz boa acidez, médio corpo e discreta untuosidade. Apesar de ser um vinho fresco é mais moderado que os varietais de Sauvignon Blanc chilenos e neozelandeses. Tem final de média persistência e retrogosto confirmando o caráter cítrico.
Recentemente estive com minha esposa no Roma Mia Ristorante em Jundiaí e tentamos harmonizar com dois pratos de peixe, o primeiro foi o clássico Abadejo a Belle Meunière e o segundo foi o Abadejo ao Barro, prato com molho rico em requeijão, legumes e ervas.
Eu diria que foi bem com os dois pratos, mas que encontro maior equilíbrio com o clássico Belle Meunière, neste os sabores do vinho é do suave molho azedo do prato "conversaram" com mais tranquilidade.
Já no segundo prato não houve uma "briga" de sabores, mas é fato que o molho levou toda a acidez do vinho, surgindo assim com mais intensidade e fruta do vinho, especialmente as notas de pera e damasco. Fotos do nosso sacrifício abaixo...
Forte Abraço!
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