quinta-feira, 18 de março de 2010

Montando a Adega - Chile

Continuando com nossa adega chegou a vez do Chile. País que encontramos fartamente em nosssas gôndolas e prateleiras. País que já tive a oportunidade de visitar e que espero, melhor, tenho certeza que vai se recuperar rapidamente deste nefasto terremoto.
No mundo dos blogs o Jeriel é um dos caras que mais experimenta Chile e conhece muito de todas as regiões e dos produtores, por isso pedí a lista ao amigo, vamos conferir?
"ADEGA CHILENA
Para os consumidores brasileiros os vinhos chilenos são muito consumidos, apreciados e admirados porque possuem uma multiplicidade de aromas, estilos e sabores por preços justos. Devido às exigências do mundo globalizado, a indústria vinícola chilena está em constante evolução focada principalmente no terroir, na busca de novos vales para o cultivo de novas cepas, na elaboração de novos assemblages, na procura por novos mercados, enfim inúmeras são as variáveis que movem a diversidade da produção chilena que acredita e aposta na diferenciação como forma de identidade.
BRANCO
Cono Sur Bicicleta Riesling 2008 - Vale de Bío-Bío - R$ 28,50 - Expand – tel. 011 3847 4700 - Produzido no distante Vale de Bío-Bío, mostrou que a cepa tem plenas condições de evoluir nessa região austral de clima ameno. No olfato despontam aromas cítricos e minerais (pedra de isqueiro, querosene). Na boca é rico, de ótima acidez e corpo pleno com total subscrição do olfato. Vinho de grande tipicidade que termina longo e que também apresenta algum potencial de evolução na garrafa. Já foi o vinho do mês da Confraria dos Enoblogs com boas avaliações. Imbatível na sua faixa de preço.
TINTOS
Veo Grande Carménère 2008 - Vale de Colchágua - R$ 35 – Obra Prima/PR – tel. 55 (41) 3085-0030 - Surpreendente Carménère do promissor Vale de Colchágua, um dos mais importantes vales chilenos onde Cabernet, Syrah e Carménère despontam. Às cegas este VEO se mostrou superior a vinhos bem mais caros ao mostrar tipicidade da casta nos aromas de café torrado, terra úmida e frutas vermelhas, tudo isso repetido na boca macia, redonda, frutada e de taninos de ótima textura. Termina longo e com muita harmonia, sem o amargor vegetal de alguns exemplares dessa casta. Outro vinho imbatível na sua faixa de preço.
Ventisquero Queulat Cabernet Sauvignon 2007 - R$ 58,71 – Estação do Vinho – tel. 011 3045 2461 - O Queulat é um tradicional Cabernet do Vale do Maipo, o principal terroir chileno para a esta cepa. Cor rubi violáceo profundo e com discreto halo de evolução. Ao nariz uma explosão balsâmica com eucalipto e mentol secundados por cassis, baunilha com boa sustentação. Boca quente (14,5% álcool), redonda, macia, de taninos suaves e aveludados, com a repetição das sensações olfativas (frutado), num corpo médio com uma gostosa nota de madeira em integração com os demais elementos. Longo e persistente, termina com leve chocolate e apresenta um retrogosto mentolado. De fato um Cabernet Sauvignon de ótimo nível, que esbanja tipicidade e que conta com bom potencial de evolução na garrafa (3/5 anos).
Valvidivieso Premium Cabernet Franc 2006 – Vale de Curicó – R$ 56,50 – Supermercado St. Marché – tel. 011 3744 5595 – O Vale de Curicó pertence ao Vale Central, fica entre o Vale de Colchágua e o Vale de Maule e engloba o Vale de Lontué. A Cabernet Franc é uma cepa que poucos se atrevem a produzir vinhos, porém, é uma casta que costuma premiar aqueles que se atrevem a fazê-lo com vinhos de personalidade, que necessitam de tempo na garrafa e uma boa decantação antes de bebê-lo. Análise organoléptica: rubi violáceo profundo, intenso sem halo de evolução, nos aromas uma nota tostada domina o conjunto. Depois mentol sobre um fundo de frutas negras com destaque para ameixa. Evoluiu para geléia de amoras com uma pitadinha de cassis. Ótima sustentação sem a tradicional goiabada, apenas uma sobra de álcool que não incomoda. No fundo de copo uma sugestão achocolatada. Na boca é macio, intenso, taninos vivos sem incomodar. Como todo bom Cabernet Franc é redondo e tem boa fruta, que não está subjugada pela acidez ou pelos taninos viris. Tem profundidade e termina ligeiramente curto, rugoso, salivante (boa acidez) e promete uma ótima evolução na garrafa nos próximos cinco anos. Uma boa pedida para quem deseja conhecer melhor a casta, porque este exemplar tem tipicidade de sobra. Boa relação preço-qualidade.
VINHO DE SOBREMESA
Viu Manent Noble Semillón Botrytis Selectión 2008 – Vale de Colchágua – R$ 62,40 (garrafa de 500 ml) – Hannover - tel. 011 2638 0881 - Produzido no Vale de Colchágua com uvas Semillón de parreiras velhas parcialmente atacadas pela Botrytis Cinerea, este Late Harvest encanta por sua complexidade aromática com destaque para toques florais e frutados, como flor de laranjeira, maracujá e abacaxi maduros. Na boca é denso e a sua untuosidade se destaca. Ainda no palato tem equilíbrio gustativo, acidez delicada, corpo pleno e além do tradicional toque crocante da botrytis, muito frescor e deliciosas notas amendoadas complementam a paleta de sabores deste guloso vinho de sobremesa."
Uma bela lista!!! Tem toda a tipicidade do chile e seus varietais, mas eu vou incluir dois rótulos do Valle de Casablanca, que é realmente esplendoroso para as uvas brancas e para a Pinot Noir. O primeiro é Casas del Bosque Sauvignon Blanc Reserva um vinho de consistente qualidade, sempres obtendo boas notas no guia Descorchados (todo ano fica entre 87 e 89 ptos) e é apenas o Sauvignon de entrada da vinícola...
O Pinot Noir é de um fantástico produtor! A Viña Montes é simplesmente maravilhosa, tendo qualidade em todos os vinhos produzidos, O Montes Seleccion Limitada Pinot Noir é um ótimos vinho e faz bonito, experimente!
Forte Abraço!!

2 comentários:

  1. Cristiano,

    Gostei das indicações, principalmente do Sauvignon Blanc (rsr)

    abraço


    Jeriel

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  2. E eu? Posso colaborar com os vinhos mexicanos??
    Boa iniciativa esse "crossover" entre blog.
    Abraço
    Diego

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