Tinto, Cabernet Sauvignon, Carmenère
País: Chile
Viña Almaviva
Preço: USD 25
Ando meio afortunado... meu pai em seu aniversário abriu outra garrafa de EPU... oh! Vida difícil... e juntando a minha vontade de falar um pouco mais desse vinho, o que aconteceu? Deu mais um post!!!
E mais!!! É o centésimo post do Vivendo Vinhos! Agradeço a todos pelo apoio e críticas, conheci muitas pessoas e fiz novos amigos, muito legal! Mas agradeço especialmente a minha mulher pela paciência e apoio, principalmente por sempre sorrir pra mim mesmo quando os dias são difíceis... Val, te amo!!!
Bom vamos falar um pouco da história do EPU, no iníco da década as vinhas da Almaviva foram fortemente influenciadas por uma plantação de eucaliptos de uma fazenda ao lado, dando as uvas um caráter mais herbáceo e um forte sabor mentolado e, seguindo a tradição francesa (Bordeaux - Medóc), foi produzido um segundo vinho, o nosso EPU.
Conforme a tradição também a Almaviva não trata o EPU como um vinho inferior, mas sim diferente, com outro estilo, ou seja com uvas que não faríam o "estilo" Almaviva. Mas como os controles de produção e as técnicas de colheita e produção são as mesmas com certeza obtém-se um grande vinho.
Primeira colheita em 2000 e então nosso exemplar 2001, confira o que Patricio Tapia tem a dizer. Depois das duas primeiras safras o EPU foi novamente produzido em 2006 (tem uma garrafa na minha adega descansando, essa saiu por USD 33) e o 2007, em março quando visitei a vinícola ainda não estava sendo comercializado e pelo que a atendente disse, o melhor de todos!
Mas voltemos ao nosso EPU 2001, confira o que O Tanino fala a respeito deste caldo, era um sábado frio em Curitiba, minha mãe preparando aquele Filet Mignon que vai ao forno "de ajoelhar", com um toque de creme de leite, purê de batatas para acompanhar e o meu velhinho completando 69 anos, que beleza!
O vinho foi devidamente decantado, 30 minutos antes da refeição, silenciosamente "roubei" uma taça e a degustei cuidadosamente, sem a menor pressa, no silêncio da sala.
Um vinho de cor rubí intensa e brilhante, lágrimas espessas e abundantes e com halo aquoso mínimo. Primeira conclusão este senhor de 8 anos de idade deve poder permanecer mais alguns anos na garrafa... tudo iría depender da acidez e dos taninos.
O nariz trouxe as frutas negras compotadas, bem doces, acompanhadas de menta, balsâmico, couro, chocolate e elegantes nuances minerais. Os aromas secundários e terciários já dominavam o olfativo...
Na boca o "ataque" foi macio, o EPU enche a boca com seu grande corpo, boa acidez e carga tânica fina e elevada! E quando ele deixa a boca, a deixa com elegância! Sensação aveludada, retrogosto mentolado e enorme persistência. Assim fica difícil de esquecê-lo... É o segundo vinho que pontuo com 05 taças.
Acredito sinceramente que o EPU 2001 pode evoluir nos próximos três anos, sorte minha que meu pai tem mais uma garrafa...
Forte Abraço!