quarta-feira, 30 de abril de 2014

Encontrando um Velho Amigo!!! Norton Malbec D.O.C. 2010


Se em algum momento eu fui fiel a algum vinho foi a este Malbec!!! Sempre tinha na minha adega, o bebia pelo menos uma vez por mês, com churrasco, massa, o que fosse... sempre gostei muito dele! 
Mas como diria o amigo João Filipe Clemente: No mundo do vinho é preciso ser infiel!!! Afinal como conhecer tantas possibilidades, tantas uvas, tantos vinhos se não experimentarmos mais e mais??? O Norton ficou na memória... 
Mas não é que em pleno Malbec World Day surge uma oportunidade de ver como anda meu velho amigo? Ah!!! Dito e feito, foi só eu ver ele na Carta do excelente Mestrino Ristorante de Vinhedo que o chamei para se juntar a mim na mesa!!! 
Velhos amigos são assim... podem ficar anos sem se ver, mas quando se encontram é aquela festa!!! Devidamente acompanhados de um Mignon ao Molho de Malbec e Risoto de Gorgonzola, Açafrão e Rúcula, tivemos um almoço daqueles!!! 
Meu amigo continua na velha forma! Cor rubí, aromas de frutos negros maduros, bem maduros, beirando a compota, madeira discreta, com notas chocolate e caramelo perceptíveis. Na boca, média estrutura, boa acidez, taninos sedosos, agradáveis e retrogosto confirmando as frutas. 
Forte Abraço!

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Espumante LH Zanini Natural Extra Brut 2008 & Um Domingão...


Domigão desses esperando os amigos chegarem para um churrasquinho desarrolhei este espumoso! Gosto muito da Vallontano e guardo com carinho a visita que fiz lá anos atrás. 
Elaborado pelo método tradicional esse é um espumante que prima pela elegância, um vinho de garbo! Cor amarelo esverdeada, com perlage intenso e finíssimo, aromas que denotavam frutas tropicais maduras como abacaxi, champignon e uma discreta nota de querosene. 
Na boca forma boa mousse, fina, delicada... Boa acidez, retrogosto confirmando as frutas. Tudo muito bem equilibrado, está no auge de sua elegância! E ainda segurou bem as entradas do churrasco como o pão de alho, o queijo coalho e até mesmo a linguiça, em que pese obviamente não serem a melhor harmonização para ele! 
Na casa dos R$ 80 vale cada centavo, comprei por indicação do amigo Tiago Ribeiro da Rosso Bianco.
Forte Abraço!

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Santa Rita Gran Hacienda Sauvignon Blanc 2011


Mais um Sauvignon Blanc chileno aqui no blog... mas dessa vez um do Valle Central, muito menos tradicional que Casablanca na produção destes vinhos. E essa diferença se percebe na taça! 
Este vinho não tem toda aquela rusticidade dos Sauvignons chilenos, é mais frutado, mais leve, mais fácil de beber. Cor amarelo palha, aromas de maçã verde e notas discretas de menta e alecrim. 
Na boca apresentou corpo leve, acidez elevada, álcool domado e retrogosto frutado, mas ligeiro. Um vinho para quem está começando com a Sauvignon Blanc, paladares mais experientes sentirão falta de tipicidade... 
Forte Abraço!

terça-feira, 22 de abril de 2014

Julian Reynolds Branco 2011


Nada como um bom branco português para acompanhar Bacalhau! Aqui em casa rolou um Bacalhau a Minhoto, que os mais rigorosos harmonizariam com Vinho Verde devido ao prato e vinho serem da mesma região portuguesa, o Minho. 
Com certeza é uma excelente harmonização, mas eu tinha um branco alentejano na adega... e eu, eu gosto de tentar... Pois foi exatamente o que fiz, obtive um resultado agradável e passei uma sexta santa feliz! 
O vinho apresentou cor amarelo palha com suave reflexo dourado, bem geladinho as notas verdes de ervas e grama eram mais salientes ao nariz, em temperatura um pouco superior, a correta para degustar, as notas de frutas cítricas tomavam conta, destaque para o abacaxi fresco. 
Na boca estrutura média, suave untuosidade e boa acidez, acompanhou bem o bacalhau e o molho de vinho, cebola e páprica, um pouquinho mais de rusticidade teria feito a diferença, seria uma harmonização surreal... Mas essa aqui ficou muito bom viu... não me arrependo! risos 
Forte Abraço!


quinta-feira, 17 de abril de 2014

Andeluna Altitud Malbec 2010


Hoje é o dia Mundial da Malbec, a mais argentina das uvas, apesar de sua origem francesa. O Malbec World Day é muito celebrado, com ações muito inteligentes da Wines of Argentina. 
Eu decidi abrir este Andeluna Altitud aqui em casa para acompanhar um cordeiro ensopado e celebrar, afinal é a vida... risos... Foi bem, mas a característica da Malbec, de uma acidez mais moderada, fez falta. 
Este Malbec é produzido pela Andeluna em seus vinhedos de altitude, a altitude pode proporcionar vinhos mais frescos devido a amplitude térmica entre dia ser muito relevante. Dá para perceber neste vinho. 
Gostei deste Malbec que estagiou por 12 meses em barricas francesas. Cor rubi violácea, intensa, intransponível a luz... Aromas de frutos negros, carvalho, caramelo e ervas. Na boca, taninos em alta, enrugando bem o palato, acidez moderada e retrogosto de frutos negros e ponta doce como todo bom Malbec. Alcóolico, esquenta bem, irá muito bem nos dias de inverno que virão... 
Como disse acompanhou um Cordeiro Ensopado da Voilá, aliás você conhece a Voilá? Não?! Devía... 
Forte Abraço!

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Don Melchor 2006, Um Bordeaux produzido no Chile!


Eu sei e talvez realmente seja um pouco de exagero tamanha afirmação no título de um post, mas que o vinho estava ótimo, estava! Que era elegante, muito! E é produzido com uvas bordalesas... não deu para resistir a tentação! 
O Don Melchor é um dos vinhos ícones da Conha y Toro, diriam eles que é a expressão máxima da Cabernet Sauvignon, mas o corte sempre leva um pouquinho de Cabernet Franc, o que só adiciona complexidade e elegância! 
Como sabem em março fiz aniversário e abri bons vinhos para comemorar... e quando comemorei com meus familiares desarrolhei um Don Melchor 2006 para acompanhar a perna de cabrito da Famiglia Fadanelli que nos recebeu naquele sábado a noite... 
O vinho estava maduro, no auge, rubi vivo com suave reflexo violáceo ainda, aromas intensos de frutas negras maduras como ameixa e um toque de goiaba para entregar a procedência, além de pimenta preta, canela, alecrim, couro e terra molhada. 
Na boca estava macio e equilibrado! Bom corpo, tanino volumosos e dóceis, acidez em alta e retrogosto confirmando as frutas. Perene, cada gole era muito tempo de prazer! 
Apesar da nota de goiaba ao nariz, o Don Melchor 2006 já não tem aquela pegada de Novo Mundo, aquela pujança característica. Me lembrei de uma amiga que dizia que quando bebia um Don Melchor, tinha vontade de lamber a taça de tão bom que era... eu também! 
Forte Abraço!

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Brasil Às Cegas, Guia do Vinho no Brasil!


Depois de muitas horas de trabalho e degustações eu e o amigo Beto Duarte lançamos em março o Guia do Vinho - Brasil Às Cegas. 
Organizamos mais de 30 degustações com bloggers, lojistas, sommeliers e jornalistas para avaliarmos diversos vinhos. As degustações sempre foram às cegas, onde o o degustador não sabe o que está bebendo, sem influência de rótulo ou prévio conhecimento, afinal a verdade está sempre na taça!!! 
Se você quiser conhecer este trabalho pode enviar um e-mail para brasilascegas@hotmail.com ou adquirir um guia pelo Mercado Livre clicando aqui! Garanto que vale a pena mais de 800 rótulos avaliados de todo mundo!
Forte Abraço!

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segunda-feira, 7 de abril de 2014

Polenta, Bacalhau & Vinho Italiano!!!



Páscoa chegando e vamos ler uma montanha de dicas de Bacalhau harmonizado com vinhos portugueses! Ora pois! E não está certo? Lógico que está! Fica ótimo! Nada como uma boa posta com um belo vinho alentejano! Mas é um tanto quanto óbvio... concordam? 
Quer sair da mesmice? Aqui em casa a família de italiano apela e manda ver o peixe nobre com polenta muitas e muitas vezes, como os da foto aí embaixo. Essa é a minha sugestão para que faça uma Páscoa diferente! 
Uma bela polenta, postas de bacalhau fritas no azeite e depois coberta com um molho de tomates com muita azeitona picada acompanhados de um Montepulciano D'Abruzzo como este da foto! Se ficar ruim, manda a conta que eu pago! risos 
Aliás o Montepulciano se deu bem até com o Bacalhau a Bras que fizemos também.
Forte Abraço!

quinta-feira, 3 de abril de 2014

A Ingrata Tarefa de Guardar Vinhos

Pois é... guardar vinhos não é tudo de bom... tem seus poréns. Mas não quero aqui desestimular ninguém a guardar vinhos, mas sim lembrar que mesmo fazendo tudo certo, as vezes dá tudo errado! 
Quero contar duas experiências que aconteceram comigo no mês e Março. Uma na casa do meu pai e outra comigo mesmo. Em ambas o vinho estragou... mas só o vinho, a festa não!!! 

A primeira como disse foi com meu pai, que tem carinho especial pelos vinhos do Rhône, Toscana e da Scicilia, mais inclinado para os Châteauneuf's, Chiantis e os grandes Neros d'Avola. No começo do mês citado estávamos a mesa para desfrutar de uma bela massa que minha mãe havia feito, já na terceira idade meu pai não está muito naquela de economizar com vinhos, e tem muita bala na adega pra minha alegria. Como é usual quando estou por lá ele pediu que escolhesse um vinho para bebermos. 
Voltei da adega com o L'Insolente Scicilia IGT 2003, um vinho que ele trouxe em 2012 da Itália, aqui no Brasil é importado pela Decanter. Tudo certo, comprado em loja especializada, descansou na horizontal em adega climatizada, etc, etc e tal... Mas vinagrou o danado, claramente oxidado, um desastre mesmo para os iniciantes. Obviamente ficamos frustrados, mais ele do que eu, mas fazer o que? 

A segunda experiência negativa aconteceu comigo, no dia do meu aniversário, quando abri o Châteauneuf que cometei na última terça. Naquele dia levei dois Châteauneuf's para desfrutar com os amigos, um branco e outro tinto. Com o tinto tudo certo, mas com o branco... 
Com o branco aconteceu a palavra mais odiada do mundo do vinho: Bouchonée. Os fungos tinham atacado a rolha e o vinho estava claramente alterado, além dos aromas desagradáveis tinha algo oxidado também, dando a sensação de que a rolha era bem problemática, além dos fungos deixou passar ar... Em certos momentos o Châteauneuf parecia um Tondonia nos aromas, devido as notas oxidadas em outros dói até de lembrar. 
De novo tudo foi feito corretamente, e no segundo dava até para trocar o vinho, afinal quando é bouchonée a loja troca o vinho, mas fazia uns 04 anos que estava na minha adega, esperando o momento, até porque o Châteauneuf branco é um vinho de guarda, Hugh Johnson sugere sempre abri-lo após 08 anos de vida... 
E vamos falar a verdade é nesse ponto que a tarefa de guardar vinhos do enófilo fica bem ingrata... vinho que guardamos, normalmente abrimo em momentos escolhidos a dedo, ou seja guardamos vinhos para momentos especiais! Ou seja criamos sempre grande expectativa sobre estes vinhos, eles tem que estar a altura do acontecimento daquela data e quando não estão... trocando em miúdos: a expectativa é a mãe da decepção. 
O que quero com esse post? Desabafar? Um pouco é claro, afinal como descendente de italiano sou bem melodramático, risos... mas o que quero mesmo é praticar o desapego mesmo, guardar vinhos por menos tempo, abri-los logo! Vamos utilizar os Decanters!!! 
Como diz meu amigo Alexandre Frias: "Vinho feliz é vinho aberto!" 
Forte Abraço!

terça-feira, 1 de abril de 2014

Châteauneuf du Pape Cuvée Etienne Gonnet 2004 - Domaine Font de Michelle #CBE

Foto: Diário de Baco
Chegou o dia de abrir esse vinho guardado há muito na minha adega. Precisei de dois empurrãozinhos, um do amigo Luiz Cola do Vinhos e Mais Vinhos, que foi o responsável pelo tema do mês da CBE em março, tema que foi: "Vinhos Evoluídos! Com dez anos de idade ou mais, pelo menos Safra 2004!" E o outro empurrãozinho foi o meu aniversário que ocorreu no mês de março... 
Posto isso, reuni bons amigos e fomos a Cantina Messina em Campinas. Por lá bebemos um Chatêauneuf branco primeiro, sabe como é, curtindo a tarde... então pedimos os pratos e abrimos o Cuvée Etienne Gonet. 
Um Châteauneuf cheio de nuances, complexidade e elegância juntos! O tempo é amigo de vinhos como esse, tanto no envelhecimento do vinho, como depois de aberto, cada "respirada" que o vinho dá, melhor ele fica! 
Muita futa vermelha e negra madura, couro, ervas, balsâmico, tudo isso de forma muita elegante, distinta! Na boca equilíbrio, bom corpo, boa acidez e taninos finíssimo, um vinho que tende para o aveludado... Enfim uma experiência! 
Para mim Châteauneuf du Pape é muito especial... é um vinho que simboliza o meu início com os vinhos, meu pai comprava apenas para abrir no Natal, aguardava o ano todo para bebê-lo. Portanto esse vinho para mim representa família e celebração! 
Por isso agradeço ao meu pai por tornar os Châteauneuf's tào especiais, obrigado Luiz Cola por me "forçar" a abrir mais um... 
Forte Abraço!