domingo, 31 de maio de 2009

Quinta da Touriga Chã 2004

Tinto, 80% Touriga Nacional, 20% Tinta Roriz

País: Portugal

Jorge Rosas

Preço: Acima de R$ 100

Outra opção portuguesa! Conhecí no curso que fiz na ABS-Campinas. Um belo vinho, muito estruturado mas infelizmente caro (R$ 132). Mas de repente cabe no seu bolso... ou para uma situação especial.

Muita intensidade na cor rubí e reflexos violáceos são as primeiras conclusões que tiramos na análise visual. Halo aquoso tímido e lágrimas finas e abundantes.

Os aromas remetem a frutas frescas, florais, ervas e um toque interessante de balsâmico o que denota boa complexidade. A persistência aromática chama a atenção também.

Na boca a palvra é equilíbrio! Tudo encaixado, bom corpo com boa acidez, álcool na medida certa privilegiando o sabor frutado, não deixando nenhuma sensação de amargor e boa persistência com grande e fina carga tânica. Um belo exemplar do Douro que com certeza traz muito prazer.

Um vinho que pede pratos mais elaborados à mesa. Com grande volume de sabor como um bom pernil de cordeiro assado com batatas rústicas.

Forte Abraço!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Herdade Paço do Conde Reserva 2005

Tinto, Corte de Syrah, Touriga Nacional, Aragonês (Tempranillo), Cabernet Sauvignon, Alicante Bouschet

País: Portugal - Alentejo

Sociedade Agricola Encosta do Guadiana

Preço: Acima de R$ 100

Este vinho é do Alentejo, região continental e de clima quente, que encontra nas castas tintas Aragonês, Trincadeira, Alfrocheiro e Alicante Bouschet sua melhor expressão. Os brancos alentejanos não se destacam, mas os nomes das uvas é algo sensacional! Antão Vaz, Roupeiro, Rabo-de-Ovelha entre outras...

Gosto muito dos vinhos do Alentejo, principalmente por serem gastronômicos. Normalmente tem muita intensidade aromática, fruta superando a madeira, muitas vezes com aromas florais, corpo médio e boa acidez. Uma aresta de álcool sobrando sempre por ali, mas que faz deles melhor opção ainda no inverno!

Este aqui é típico! Cor Rubí intensa quase opaco. Na taça as lágrimas são abundantes e ligeiras demonstrando o álcool. O halo aquoso já é aparente, mas pequeno.

Os aromas são intensos, as frutas negras maduras brilham, acompanhadas dos toques que a madeira francesa traz com o caramelo e um leve café tostado.

Na boca o discreto amargor e a aresta de álcool são compensadas pelo corpo médio a boa acidez e um ataque na boca levemente picante. Um vinho com muito sabor. Os taninos são bem presentes a ainda podem melhorar um pouco. Boa potência.

Penso que as carnes vermelhas acompanharão melhor este português neste momento, mas massas são boas opções de harmonização também. Que tal um Filet Grelhado acompanhado de um Fetucinne na Manteiga para harmonizar?

Forte Abraço!

domingo, 24 de maio de 2009

Portugal, Douro, Quinta do Crasto!

Vamos começar a falar de Portugal no mundo dos vinhos. Vamos falar do Douro e de um de seus expoentes, a Quinta do Crasto!

O Quinta do Crasto Vinha Velhas 2005 foi eleito o terceiro melhor vinho do mundo pela Wine Spectator, infelizmente não tive o prazer, mas o 2006 descansa na minha adega tranquilamente, aguardando o momento certo.

Este produtor português faz quase um milhão de garrafas por ano, isso é muito relevante pois a Quinta só começou a fazer seus próprios vinhos na década de 90! Atualmente 65% da produção é exportada.

Na última terça-feira particpei de uma degustação organizada conjuntamente pela ABS-Campinas e a Excelência Vinhos, representantes da Qualimpor em Campinas e região. A degustação comtemplava seis vinhos deste magnífico produtor, o sucesso deles é tão grande em Campinas que já é a segunda degustação que ocorre por aqui só neste ano.

Um branco, quatro tintos e um porto. Mas antes de falarmos dos vinhos, vamos falar do Douro! O Douro é a região vinícola mais conhecida de Portugal. Principlamente pela fama dos emblemáticos vinhos do Porto, mas atualmente pela revolução que jovens enólogos trouxeram à região, acabando por produzir vinhos de excepcional qualidade. Vinhos produzidos a partir das mesmas uvas que eram utilizadas para produção dos vinhos do Porto.

Pelo Douro corre o rio Douro que nasce na Espanha, percorre 640 km cruzando Portugal de leste a oeste antes de encontrar o Atlântico na cidade do Porto. O clima traz invernos chuvosos e verões longos e quentes, e as noites são frescas.

A geografia é um capítulo a parte, tudo muito íngrime, muito inclinado, colinas e montanhas por todos os lado. Confira as fotos no site da Quinta do Crasto! É difícil acreditar que se produz vinho daquela forma...

O solo é rico em xisto! As colheitas são manuais, depois de var as fotos não dá para imaginar máquinas por lá. As uvas são castas de origem portuguesa como a Tinta Roriz (Tempranillo para os espanhóis), Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca e Tinto Cão.

Já mencionamos o Douro, falmos um pouquinho da vinícola, bom... vamos aos vinhos!

A noite começou com Crasto Branco 2007, cor amarelo palha, reflexo verdeal. Aromas de frutas brancas e cítricas com elegantes toques minerais e defumados. Na taça bom equilíbrio! Como ponto forte destaco a excelente acidez e o retrogosto cítrico deixando a boca bem fresca e tornando o vinho bem gastronômico. Pelo corpo leve sugiro com aperitivos, que tal um bolinho de bacalhau?

O irmão tinto, Crasto 2007, é também um vinho agradável e gastronômico. Sua cor ainda é rubí violácea, sem halo aquoso aparente, acredito que pode ser guardado por uns dois anos, mas deve ser bebido assim jovem. De razoável complexidade e intensidade aromática, este vinho apresentou muita fruta vermelha fresca e nuances florais encantadores que se agigantaram com o tempo na taça. Na boca uma pequena aresta de álcool, porém bons taninos, corpo médio e boa acidez. Persistência moderada, bom para acompanhar carnes mais magras e grelhadas.

Aí a brincadeira ficou mais séria! Na taça um Xisto Roquette e Cazes 2005! Elegante! Pronto para o consumo, mas podendo evoluir ainda nos próximos cinco anos. É um corte de uvas portuguesas com estilo bordalês! Não é a toa... tem dois enólogos por traz de seu preparo, um português e outro francês. 18 meses de barrica francesa, 60% nova e 09 meses em garrafa antes de ser comercializado.

Cor rubí, reflexos violáceos, lágrimas finas e halo aquoso mínimo. Complexidade e intensidade aromáticas grandes! Frutas mais maduras, quase doces, especiarias, caramelo e florais a vontade, ao fim evoluiu para um café, passou pela bala toffe antes... Na boca bom corpo, equilíbrio e taninos sedutores. Os sabores frutados explodem junto com a boa acidez. Pede pratos mais elaborados com bom volume de sabor e elegância.

Bom finalmente um Douro típico, O Touriga Nacional 2006! Muita potência! 18 meses de carvalho para ele também, 90% francês, 10% do leste europeu, 100% novo. Mais escuro que o anterior este vinho ainda tingía a taça. aromas complexos e intensos de flores, frutas negras frescas, couros, defumados, caramelo e especiarias também evoluiu para um café torrado, mais forte que o primeiro.

Na boca excelente acidez, muito estruturado, dá para "mastigar" o vinho, álcool no ponto trazendo maciez para o palato e retrogosto de geléia de frutas negras. Os taninos revelaram que este vinho ainda precisa de tempo na garrafa, em enorme quantidade e um pouco duros ainda deixam uma sensação enrugada na boca. O final é enorme e prazeroso. Neste momento clama por carnes mais gordurosas afim de combater grande carga tânica. Uma boa costela de panela para ele. E não pensem que o prato não está a altura do vinho! Vocês não conhecem a costela que minha mãe faz...

Daí o mundo parou e eu fiquei olhando a terra girar. Na minha taça um Maria Teresa 2006... para alguns e prestigiados colegas o melhor vinho português. O Maria Teresa provém de vinhas velhas, não só porque elas tem 93 anos de idade, mas também porque as cepas são plantadas todas misturadas, não há separação, uma forma antiga de cultivo da uva. Estas vinhas velhas produzem cachos com média de 300g de peso, normalmente um cacho tem 02 kg... Resultado? Muita concentração de cor, o vinho é quase negro! Lágrimas finas e abundantes e halo aquoso inexistente.

Plageando o amigo que comentou o vinho, como uma bela mulher este vinho esconde suas maiores qualidades. O nariz começou tímido, fechado! Mas as frutas negras vieram, doces, acompanhadas de couro e balsâmico, muita intensidade. A presença lenta e vagarosa do herbáceo surgiu acompanhada de flores e especiarias das mais diversas, cravo, canela, pimenta e por aí vai.

Uma vez ouví um colega dizer que ele divide os vinhos entre os que o emocionam e os que não. Na boca o Maria Teresa emocionou! Tudo perfeitamente encaixado, equilibrado. Álcool na medida certa para amaciar a boca, corpo de enorme presença, acidez excepcional, amargor inexistente, aveludado, muitos taninos presentes e maduros, sedosos, por fim persistência interminável. Pode guardar este aqui por toda vida. Harmonização? Não! Um vinho para reflexão!

Chegou a vez do Porto, um Vintage 2004. Vinhaço! Mas prejudicado pelo anterior... Cor rubí preta! Aromas de geléia de frutas negras, anis, caramelo e florais. Na boca muita doçura bem sustentada pela excelente acidez. Boa presença na taça! Perfeito para acompanhar chocolate com morangos.

A degustação acabou, mas a noite foi inesquecível!

Quer conhecer os vinhos da Quinta do Crasto? É de Campinas e região? Contate a Excelência Vinhos! 19 3294-9594, a Ana terá maior prazer em atendê-lo!

Forte Abraço!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Château des Laurets 2002

Tinto, 80% Merlot, 20% Cabernet Sauvignon

País: França

Cie Vinicole Edmons de Rothschild

Preço: Acima de R$ 100

Bordeaux!!! Eu já dei e sempre dou umas alfinetadas em Bordeaux e principalmente em seus negociantes e defensores. Mas é inegável! Bordeaux faz grandes vinhos! E bons também, como esse.

Em Bordeaux encontramos Gironde, a margem direita encontram-se AOC's como St-Estéphe, St-Julien e Pauillac, 04 Premier Grand Crus Classés deste lado: Margaux, Latour, Lafite-Rothschild e Mouton-Rothschild e outros muitos vinhos excepcionais, tudo isso dentro da famosa referência Médoc! Ainda encontramos Pomero com o Chatêau Petrus e St-Emilion com o Chatêau Cheval Blanc. Que paraíso!

Ao sul encontramos Graves com o Premier Grand Cru Haut-Brion e a AOC Sauternes e o insuperável Chateau d'Yquem. Os melhores brancos saem daqui, cortes de semillon e sauvignon blanc.

As varietais tintas de desatque são três: Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc, Malbec e Petit Verdot estão por lá também... temperando os caldos.

Bordeaux é cheia de inúmeras classificações etc e tal. Fato é que os vinhos dão bons!Conquistaram Parker e o mundo. Com muita ajuda do norte-americano mas com os méritos que possuem em primeiro plano.

O vinho de hoje é produzido pela Baronesa Nadine de Rothschild esposa de Edmond que revitalizou esta propriedade ao longo da década de setenta.

Rubí com reflexos púrpuras. Opaco, de alta intensidade de cor, pequeno halo aquoso e abundantes e finas lágrimas pelas paredes da taça (13% de álcool).

Aromas intensos e razoável complexidade. Frutas vermelhas e negras, especiarias e balsãmico. O tempo ressaltou o caráter herbáceo, fresco.

Bem equilibrado e prazeroso este vinho apresentou boa acidez, taninos firmes, corpo médio e leve acidez. Retrogosto fresco e herbáceo. Persistência moderada. Bem feito!

Sugiro o consumo neste momento, mais um ano de garrafa no máximo. Pode acompanhar bem carnes vermelhas e dá show em muitos e muitos Merlot's do Novo Mundo!

França é tema para um ano de blog, mas no próximo post passaremos a Portugal. Fico devendo o Vale do Rhône, com os Châteauneuf-du-Pape e os Cote-de-Rotie, além da região de Provence... daqui a pouco eu apareço com elas...

Forte Abraço!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Chateau d'Aydie Pacherenc-du-Vic-Bilh 2006

Branco, Sobremesa, Petit Manseng

País: França

Chateau d'Aydie

Preço: Acima de R$ 100

O Sudoeste francês não é muito conhecido por nós brasileiros, mas reserva boas surpresas! É uma região muito tradicional em gastronomia.

No Sudoeste francês encontramos a região de Bergerac, extensão natural de St-Émilion que é região bordalesa. Precedeu Bordeaux em vinhos de qualidade, hoje em dia a qualidade caiu e os negociantes de Bordeaux não perderam a oportunidade de se empenhar a fim de divulgar e discriminar Bergerac.

No Sudoeste francês também encontramos Madiran e Cahors, "solos-mãe" das "sulamericanas" Tannat e Malbec. Aos pés dos Pirineus encontramos a região de Jurançon conhecida pelos seu brancos doces. Ainda nos doces temos o Montbazillac, o "irmão pobre" de Sauternes, opção de bom custo-benefício, tem qualidade! Onde só é permitida colheita manual das uvas botritizadas.

Mas quero falar de uma região de 100 hectares, onde são cultivadas uvas como a ruffiac, petit manseng, petit courbu e gros manseng: Pacherenc-du-Vic-Bilh! Produzindo brancos secos e doces, frutados e marcados levemente pela madeira, talvez uma jóia rara perdida em solo francês.

Nosso exemplar de hoje é definitivamente um bom vinho! De cor amarelo ouro e abundantes e espessas lágrimas, chamou a atenção pela sua bela cor. O halo aquoso já surge timidamente denotando alguma evolução.

Os aromas eram de boa intensidade e boa complexidade. As frutas brancas estavam por lá, as frutas em caldas também... notas sutis de mel e toques cítricos faziam o pano de fundo. Ah... as flores vieram com o tempo, principalmente o jasmin.

Um vinho doce, mas não melado e pesado como alguns late harvest do Novo Mundo. Este é mais elegante. Corpo médio sustentando a boa acidez e álcool na medida para amaciar bem a boca, untuoso! O retrogosto destacou aquele misto de mel com frutas cítricas, por alguns momentos pensei numa laranja caramelizada.

Acho que este Pacherenc continuará muito bom nos próximo três anos, mas não o guardaría por mais tempo. Acho que o harmonizaría com mousse de frutas cítricas. Que tal um mousse de maracujá com raspas de chocolate branco? Acho que fecharía perfeitamente um jantar com os amigos.

Forte abraço!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Hugel & Fils Riesling 2007

Branco, 100% Riesling

País: França - Alsace

Hugel & Fils

Preço: De R$ 60 a R$ 100

Continuo atrasado... Bom no post anterior falei que minhas regiões preferidadas na França eram a Borgonha a Alsácia... Hoje falaremos um pouco desta maravilhosa região de brancos marcantes e deliciosos.

As principais uvas da Alsacia são a Riesling, Gewurztraminer, Pinot Gris e a Moscatel, ainda encontramos exemplares interessantes de Pinot blanc e Sylvaner... curioso, mas todas brancas!!! Deu para entender porque eu gosto tanto dessa região vinícola... Nas tintas podemos encontrar Pinot Noir, mas há algum tempo não se fa um Pinot bom por lá...

Vinhos secos e off-dry's podem ser encontrados com facilidade. Esta região tem uma excepcional tradição em vinhos secos e bastante frutados. A Gewurztraminer que traz outras experiências, com menor acidez e mais açúcar, realmente esta uva faz caldos fantásticos.

A Alsácia tem uma história de alta qualidade refletida em produtores como Marcel Deiss, Dopff an Moulin, a própria Hugel & Fils, Paul Blanck, Trimbach entre outros tantos...

Apesra da minha preferência pela Gewurz hoje falaremos desse Riesling. Esta uva que recupera cada vez mais seu espaço e faz grandes vinhos que evoluem muito bem em garrafa.

Este vinho apresentou cor amarelo palha com reflexo esverdeado nítido. Poucas e espessas lágrimas corriam pela taça. Os aromas indicavam o quanto este vinho podía ser! Aromas de frutas cítricas frescas acompanhados de maçã verde, um toque mineral surgiu com o tempo.

Na boca o frescor se confirmou com uma elevadíssima acidez, marcante! O corpo leve com um ataque de boca gostoso e frutado e álcool correto. Na boca a maçã verde fica mais clara dominando o retrogosto.

Uma ótima companhia para aperitivos e para os amigos! Sirva geladinho com uns camarões ao alho e óleo e corra para o abraço!!! Frutos do mar são sempre uma boa opção de harmonização para os vinhos feitos com a Riesling.

Deve manter suas características nos próximos anos, mas eu não guardaría esse vinho, acho que essa acidez traz muita vivacidade dando uma característica muito particular ao nosso Riesling.

Forte Abraço!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Bourgogne Hautes Cotes de Nuits Cuvee Louis Auguste 2005

Tinto, 100% Pinot Noir
País: França - Bourgogne
Domaine David Duband
Preço: De R$ 60 a R$ 100
Demorei um pouco para começar a postar... foram 15 dias muito atarefados, resolvendo pequenas coisas da vida que podem se tornar problemas se não dermos a correta atenção, certo? Enfim... resolvido!!!
Como havía prometido vamos passear um pouco pela Europa, comecemos pela França. País maravilhoso, com suas frescuras é verdade, mas um excepcional produtor de vinhos e de boa gastronomia.
Quando falamos em França naturalmente pensamos em Bordeaux, por "estar na moda" há algum tempo, potência sem perder a elegância, eu definiría Bordeaux desta maneira. Mas preciso admitir não é minha região preferida... nem de longe... Eu sou fã mesmo da Alsácia (Alsace) e da Borgonha (Bourgogne).
E vamos começar pela maravilhosa Borgonha, na minha opinião terra dos caldos mais elegantes do mundo! A Borgonha é uma região grande que comtempla apelações como Chablis, mais ao norte, próximo a Champagne e Beaujolais, ao sul, próximo do Rhône. Mais ao centro estão as comunas Cõte d'Or, Côte de Nuits e Côte de Beaune.
Os vinhos da Borgonha são exclusivos de Pinot Noir, pouca gente sabe, mas são permitidos outras poucas cepas, mas a história acabou por eliminá-las e não o sistema de Apelação Controlada como poucos imaginam. Os brancos são de Chardonnay, e os de Chablis se destacam, detalhe importante!!! Os Chablis não passam por madeira... isso é coisa do Novo Mundo... Na Borgonha é fundamental conhecer o produtor!
Por fim vamos ao nosso exemplar degustado durante o curso de Vinhos do Velho Mundo da ABS-Campinas.
Por se tratar de um Borgonha eu acho que posso afirmar que é um bom custo-benefício R$ 64 por esse vinho. O aspecto visual traz um rubí claro e translúcido, marca registrada da Borgonha, sem reflexo e com halo aquoso já denotando evolução.
O nariz trouxe aromas complexos destaque para frutos vermelhos maduros e aquele aroma característico de terra molhada, com o desenrolar do tempo os aromas de café aparecem de forma marcante.
Na boca a esperada elegância se confirma assim como as frutas maduras. De corpo leve para médio e boa acidez. Um pequeno desequilíbrio alcóolico mas um bom conjunto! Taninos quase inexistentes...
Um bom vinho para abrir um jantar com os amigos, principalmente no inverno quando evitamos os brancos. Pode ser a atração da noite se for acompanhar uma boa ave na principal refeição da noite ou até mesmo um atum...
A foto é de um vinhaço da casa...
Forte abraço!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Nota de Ausência

Devido a pequenos problemas, nada grave, estive ausente na última semana. Peço desculpas a todos. Ao longo da semana atualizo o blog com o último post a respeito do Chile e iniciamos com o Velho Mundo!

Forte Abraço!