Aproveitei a trégua que o verão nos proporcionou há alguns dias para matar a saudade dos vinhos tintos. A chuva caiu vagarosa naquele sábado, muito mais uma garoa do que chuva propriamente dito, o clima ficou ameno e perfeito para esse reencontro.
Minha esposa e eu preparamos uma massa, um Tortei, recheio de moranga é claro, a bolonhesa e fui até a adega para escolher o companheiro do reencontro... Me lembrei que estava em débito com meu amigo Tiago Bulla, do excelente blog Universo dos Vinhos, que havia escolhido como tema do mês de dezembro um Pinot Chileno...
Escolha feita, a harmonização obviamente não foi encantadora mas não foi mal não esse Pinot com muita fruta e acidez suportou bem o molho do prato. Logicamente um vinho italiano seria mais interessante.
Posto isso vamos falar um pouco mais deste Pinot Noir chileno do Valle de Colchagua, essa foi a primeira surpresa, não era do valle referência de Pinot no Chile, o Valle de Casablanca. Outro ponto é o fato de ser um vinho orgânico.
Na taça entregou muita fruta, os aromas e sabores remetiam constantemente a cereja fresca e algum nuance de ervas como alecrim. Na boca médio corpo, boa acidez e ponta alcoólica para esquentar o coração. Persistência média e retrogosto confirmando as frutas vermelhas.
Comprei por R$ 42, achei que valeu a pena!
Forte Abraço!
O calor não para, não passa, assim eu vou abrindo tudo que tenho na Adega, que possa ser refrescante... Champagne normalmente não é refrescante, é sim um espumante de classe, normalmente complexa, para ser apreciada lentamente...
Mas eu tinha uma referência diferente dessa Jacquart Brut Mosaique, que foi confirmada na taça. Logicamente é um espumante complexo, com várias notas aromáticas, mas que tem na fruta uma marca registrada digamos assim.
Cor amarelo palho com reflexo esverdeado presente, aromas que passavam por frutas frescas como maçã verde, a mais presente! Notas de damasco, pêssego, carambola e peras completavam o painel, uma verdadeira salada de frutas! Com mais tempo na taça e temperatura um pouco superior, as notas de brioche, fermento e pão tostado enriqueciam o painel aromático.
Na boca é fresca mas sem perder aquela cremosidade característica dos Champagnes. Boa persistência, retrogosto confirmando a maçã verde, escorrega muito bem!
Na boa, dá para viver só dessa Champagne!!!
Forte Abraço!
Verão escaldante, continuo fugindo dos tintos! E continuo em busca de vinhos frescos e simples, não consigo pensar em algo mais complexo com esse calor senegalesco. No momento menos é mais! E como no vinho simplicidade não é sinônimo de falta de qualidade, tenho certeza que não perco nada.
Já fazia um tempo que não bebia um rosé, tenho sido mais parceiro dos brancos e espumantes, mas num fds que passou isso mudou! Preparei uns canapés de salmão defumado com cream cheese e fui até minha adega em busca de algo bem fresco com acidez elevada, encontrei este clarete!!!
O Tremendus é um rosé de boa intensidade de paladar e boa acidez, destacando as frutas vermelhas frescas com algum nuance suave de ervas ao nariz. O Salmão defumado é forte, tem uma ponta salgada deliciosa que aliada a cremosidade do cream cheese clamam por acidez. Enfim... deu namoro!
Este rosé está na faixa dos R$ 45 e é uma boa opção aos rosé argentinos e chilenos que encontramos no mercado, já que é intenso e fresco, diferentemente dos primeiros que são mais corpulentos e suavemente doces. Enfim são mais elegantes!
Quer uma outra opinião sobre o Tremendus? Confira no blog Vinho para Todos clicando aqui!
Forte Abraço!
Pois eu admito, eu estou! Não tenho nenhuma informação técnica para afirmar isso, para ser taxativo. Mas uva vinífera gosta de sofrer como "mulher de malandro"...
Esse calor, essa estiagem que estamos passando nos últimos meses devem fazer um bem danado para os vinhos brazucas desta safra. Afinal os frutos devem estar mais doces pelo calor e por um maior controle, para não dizer total controle, da água que a videira está recebendo devido a esta ausência de chuva.
O contratempo disso pode ser um acidez inferior, já que as noites não tem sido tão frias como são normalmente, vamos ver como os produtores trabalham esse desafio, mas a perspectiva é muito interessante!
Forte Abraço!
Nesse calor infernal só apelando para os brancos e espumantes, tinto? Tá dificl... Durante a semana, na companhia do meu bom amigo Alexandre Frias, desfrutei desse Chardonnay tupiniquim, mais precisamente da Campanha Gaúcha.
Um Chard ao estilo que me agrada, pouca madeira e muita fruta! Vou ser chatinho e repetir o que escrevi sobre os espumantes, nesse calor não quero complexidade na taça, quero fruta e frescor! Beber de forma descompromissada e agradável.
Este vinho tem essas duas características. Na taça uma cor amarelo palha com reflexo esverdeado, um vinho que chora pouco denotando os 12% de álcool. Os aromas remetiam a um abacaxi fresco, nuances de lima e hortelã. Na boca estrutura média, boa acidez e retrogosto confirmando as frutas cítricas.
Como diria meu pai: "Escorrega bem"!
E para acompanhar... queijo e copa...
Forte Abraço!
Olha, gostei muito desse espumante francês! Achei realmente uma boa alternativa aos espumantes nacionais que são maioria na minha adega. E penso assim porque tem duas características importantes para isso, bom preço e frescor.
Este espumante é elaborado pelo método Charmat, segunda fermentação nos tanques. O método Charmat costuma conferir menos complexidade ao vinho, porém essa simplicidade traz muita fruta e frescor tornando o vinho agradável.
Eu sou fã de Chramat, por favor segurem as pedras... risos, reconheço sim a maior qualidade e complexidade que normalmente os espumantes elaborados pelo método Chapenoise possuem, mas nesse calor senegalesco que anda fazendo eu prefiro muita fruta e muito frescor na taça, é gosto, não uma questão técnica.
Mas voltemos a esse Vin Mosseux, elaborado a partir de 06 uvas, tem na taça cor amarelo palha com reflexo dourado, perlage intenso e borbulhas médias. Os aromas remetem a frutas como maçã e pêra, mas as notas tostadas e de fermento se fazem presentes, conferindo uma complexidade inesperada.
Na boca forma boa mousse, é refrescante, retrogosto confirmando as frutas e de final agradável apesar de efêmero. Harmonizamos numa tarde-noite quente de verão com patês, pães e filmes...
Só um detalhe, me parece que esse vinho é uma importação exclusiva da Wine, sai por R$ 34 no site, os sócios do Clube W pagam R$ 29, enfim por qualquer um dos dois preços vale a pena!
Forte Abraço!