quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Cave Geisse: Primor & Excelência!


Nossa chuvosa manhã continuava subindo o Distrito de Pinto Bandeira até a um dos mais renomados produtores nacionais: Cave Geisse! 
Vinícola de propriedade do chileno Mario Geisse, que tem ao seu lado os filhos na condução do projeto, se dedica exclusivamente a produzir espumantes de alta qualidade, de excelência! São 240 mil garrafas produzidas anualmente. 
Fomos recebidos pela competente Kelly que nos mostrou a cantina e o primor de organização da mesma. Nada escapa, os detalhes são muito bem cuidados na Geisse e acredito sim que isso esteja refletido na alta qualidade do espumante que apresentam. 
As Caves são charmosas e o passeio é bem agradável, uma pena que a chuva impediu que conhecêssemos a propriedade, uma vez que há uma cachoeira nela e um deck junto a mesma onde se pode degustar um espumante da casa. Eu adoro andar pelos vinhedos, vou ter que voltar... 
Passamos também pelas autoclaves e pela sala onde as garrafas descansam para retirada da levedura antes de chegarmos a sala de degustação, sempre encontramos mensagens carinhosas pelo caminho, na Geisse se faz vinho com dedicação e empenho, mas também com alegria e amor! 
Degustamos o Blanc de Blanc e o Blanc de Noir, espumantes que demonstram bem as contribuições que a Chardonnay e a Pinot Noir dão a um corte. 
O Blanc de Blanc é um espumante feito apenas de uvas brancas, no caso da Geisse apenas de Chardonnay, e assim podemos observar como ele é rico em fruta e frescor, logo podemos imaginar que quando o enólogo está elaborando um espumante com diversas uvas, um corte, ele utilizaria a Chardonnay desta forma, desejando aportar fruta e frescor ao vinho. 
Por sua vez o Blanc de Noir é produzido exclusivamente a partir de Pinot Noir e tem uma postura mais séria e discreta, é fino e de grande presença em boca! Paralelamente ele complementaria a chardonnay aportando corpo e finesse
Foi muito interessante, uma verdadeira aula! Espero que quando você tiver a oportunidade de visitar a Cave Geisse, que seja num belo dia de Sol e que possa explorar tudo que a Vinícola oferece! 
Forte abraço!

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Don Giovanni: Personalidade Própria!


Nosso segundo dia de visitas era dedicado a Pinto Bandeira, região de maior altitude e com alguns dos produtores mais conhecidos e renomados do Brasil. Muito forte na produção de espumantes.
A Don Giovanni produz 120 mil garrafas anualmente, 90% da uva plantada na propriedade é para espumantes, apenas 10% é para elaboração de vinhos tintos, mesmo assim se a safra daquele ano não atingir o padrão mínimo de exigência e qualidade da vinícola, os tintos não são elaborados. 
Fomos recebidos pela Juliana Rossato, enóloga e sommelière. Juliana atua na área comercial da Don Giovanni, é a simpatia em pessoa! Nos trouxe muito bem a emoção e a história da vinícola, que tem uma bonita parte ligada ao conhaque Dreher, mas que nunca vou poder descrever em palavras, só visitando mesmo para compreender... Aliás para quem não sabe, e eu não sabia até recentemente, conhaque era feito de uva e não de gengibre antigamente. 
Antes de continuar um detalhe da nossa visita foi a chuva, choveu muito na nossa passagem por Bento Gonçalves, e quando chegamos a Don Giovanni a energia elétrica estava a meia fase, o que deu um caráter mais charmoso a visita, afinal tudo ficou a meia luz... 
Menos as Caves, as caves ficaram mais sombrias eu diria... mas elas são um dos pontos altos da visita, as plaquinhas a giz com safra 2001 pra lá, safra 2003 pra cá, até num cantinho superior uma placa lá escondida dizendo: safra 1997... mexe com o imaginário de qualquer apaixonado! 

Depois desse passeio aguçar os nossos sentidos e paladar, eu e o meu intrépido companheiro de viagem, Claudio do Le Vin au Blog, estávamos prontos para provar os espumantes da casa. Subimos ao varejo da vinícola, muito bonito, com belas obras de arte inclusive, e nos dirigimos a uma sala ao lado onde degustamos 04 espumantes. 
Mais importante que a característica individual de cada um deles, foi compreender a proposta do produtor, vinhos e espumantes com personalidade, ricos em sabor e aromas. Todos eram plenos em boca e refrescantes! Lindos como a história da Don Giovanni. 
Ainda houve tempo para provar o Segundo Acto, um corte de Merlot, Ancelotta, Cabernet Sauvignon e Tannat, belo tinto da casa, maduro e com evolução vindoura. Mas quer saber? Já podemos abrir e ficarmos muito felizes com ele, e que a Juliana e o Claudio não nos escutem... 
Pessoalmente adorei estar na Don Giovanni, que ainda oferece uma pousada e um restaurante sob reservas, que tem um já famoso risoto de alcachofras, cultivadas na propriedade, experiências que pretendo usufruir em futuras visitas. O que me marcou foi todo esse ambiente lindo e diferenciado! De alguma forma ainda conseguiram imprimir tudo isso nos espumantes e vinhos que produzem, isso é ter personalidade própria! Absolutamente fantástico! 
Forte Abraço! 

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Adolfo Lona: Esmero e Qualidade!



A Vinícola Adolfo Lona fica em Garibaldi, é pequenina mas acolhedora, produz exclusivamente espumantes, cerca de 72.000 garrafas por ano. 
Conhecer Adolfo Lona pessoalmente é um presente para o apaixonado pelo vinho, mas visitá-lo em sua cantina é pra lá de especial. Se tiver oportunidade, não deixe passar! 
Lona além de simpático e conhecer tudo sobre o riscado, é professoral nas explicações sobre os processos com rara habilidade didática! Minha esposa, que não conhecia nada do processo de elaboração de um espumante, aprendeu muito e o que mais gostamos foi o modo simples e descomplicado que Lona utilizou para explicar os conceitos. 
Depois de nos mostrar a cantina, nos dirigimos a sala onde os espumantes descansam já engarrafados e por lá batemos um bom papo, descontraído e coloquial, fiquei mais de 03 horas conversando com o homem e nem vi o tempo passar!!! Por lá degustamos 02  espumantes enquanto aguardávamos os amigos Claudio e Rafaela do Le Vin au Blog que nos acompanharam nesta jornada. 
O primeiro foi o campeão de vendas da casa, o Brut Rosé! Um espumante elaborado pelo método Charmat, a segunda fermentação acontece nos tanques, a partira das uvas Chardonnay e Pinot Noir, com 08 gramas de açúcar residual por litro e muito reconhecido pelo mercado! 
Deixando de lado a parte técnica, é um espumante prazeroso, que preserva a fruta e pode acompanhar diversos momentos e celebrações, abrir uma garrafa dessas é garantia de sorrisos. 

Já o segundo espumante que degustamos foi o top da linha Adolfo Lona, o memorável Orus, com produção limitada a 600 garrafas por ano. Este é um Nature ou Pas Dosé, expressão que indica ausência total de açúcares. Trata-se de um corte de 03 uvas, Chardonnay, Pinot Noir e Merlot, elaborado pelo método tradicional ou Champenoise, segunda fermentação em garrafa. 
Aqui pude degustar a elegância de um espumante fino, rico em sutilezas e complexidades o Orus é um espumante grandioso, marcante! Prova absoluta do esmero de Adolfo Lona em obter espumantes de qualidade soberba. 
Forte Abraço!

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Visitando o Vale dos Vinhedos - Setembro/2015


Acabei de retornar de uma viagem de 04 dias pelo Vale dos Vinhedos. Já visito a região há muitos anos, desde garoto é verdade, quando um tio meu residiu e trabalhou em Bento Gonçalves. Obviamente a época não me importavam os vinhos e a estrutura para o turista, mas sim os primos que raramente via e a oportunidade de conviver um pouco com eles. 
Mas agora é diferente... a paixão pelo vinho é parte fundamental da minha vida e minhas férias sempre tem programações eno-turísticas é claro! Esse ano visitei 06 vinícolas, me hospedei numa delas, almocei e jantei em alguns dos restaurantes mais tradicionais da região. 
Hoje começo a contar um pouco dessa minha andança pelos vinhedos gaúchos, neste primeiro post vou fazer mais um apanhado geral mais sobre a região. 
Chegando ao Vale dos Vinhedos 
Obviamente você pode viajar a Bento Gonçalves de várias formas, eu peguei um voo até Porto Alegre (Aeroporto Internacional Salgado Filho) e posteriormente segui de carro até o Vale pela BR 116, RS 240, RS 122 e RS 446, foram aproximadamente 120 km, bem tranquilos, na sua grande maioria em pista dupla. 
Mas nem tudo são flores, as estradas mais próximas do Vale estão ruins e são mal sinalizadas, foi o que mais me incomodou, a noite procure evitá-las. 
Hospedagem 
Há diversas opções hoje em dia no Vale, para todos os bolsos, mas acredito que a magia acontece quando nos hospedamos numa das pousadas ou hotéis que as próprias vinícolas possuem. É a melhor dica que posso dar... 
Restaurantes 
Come-se bem, muito bem no Vale, a especialidade é o Rodízio Colonial, onde a grande estrela é o Galeto a Primo Canto, imperdível! Entre as boas opções estão os tradicionais Canta Maria e o Di Paolo. 
Mas não vivemos só de Galeto certo? Portanto experimente a Codorna do Casa Madeira, temperada no vinho tinto e ervas finas, lá também encontramos um leve e saboroso nhoque de batata doce. Em Garibaldi o excelente e refinado Primo Camilo o aguarda com um ambiente intimista e um risoto inesquecível. 
Há ainda muitas outras opções que não pude conhecer como o Mamma Gema, o Pizza entre Vinhos, o Restaurante da Don Giovanni, entre outros... todos bem recomendados. 
Nos próximos posts começo a falar das vinícolas que visitei, vem comigo? 
Forte Abraço!

terça-feira, 25 de agosto de 2015

IRROSSO 2013, Mais um Belo Tinto Apresentado pelo Winebar!!!


Na última semana rolou mais uma degustação do Winebar, desta vez com a Casanova di Neri, vinícola italiana da apaixonante Toscana. Conduzida pelo amigo Daniel Perches, esteve presente o simpático e competente Giácomo Neri, produtor que concedeu entrevista e falou sobre seus vinhos e seu Brunello de 100 pontos! 
O IRROSSO 2013 não levou 100 pontos do Parker, mas garanto! É um vinhaço! Tem muita coisa nessa garrafa, o produtor entrega o que promete. Um vinho de muitos nuances, que desperta emoções pra quem é apaixonado... fica até difícil de analisá-lo de forma técnica. 
Cor rubi escura, aromas de frutos silvestres, ervas frescas, cogumelos, terrosos, animais, aquele aspecto de floresta... Na boca bela estrutura, maciez, acidez, bom volume de taninos e bem persistente em boca. Acho que cai bem com assados de carne, aqueles cozidos lentos e maravilhosos e saborosos.
Deixo aqui o vídeo com a entrevista para você curtir! 
Forte Abraço!